sábado, 30 de janeiro de 2016


Os Favoritos estão de volta depois de um Dezembro ausente... quer dizer, não foi bem ausente. Deliberadamente eu decidi não trazer os Favoritos porque durante uma série de dias eu fiz publicações sobre favoritos de tudo e mais alguma coisa sobre 2015, pelo que me pareceu que chegava e sobrava de Favoritos para um mês só. Ainda assim, adquiri nesse mês algumas coisas que depois não cheguei a falar e que aproveito para trazer agora. Já estamos em 2016 e Janeiro despede-se muito lentamente (que contraste cabal entre a minha sensação dos meses em 2015 e Janeiro de 2016, que soube a 3 meses). Acompanham-me?


Uma das oportunidades que tive quando viajei para Punta Cana foi fazer uma excursão a uma das maiores e mais turísticas ilhas da República Dominicana, a ilha Saona. Caracterizada por ser uma ilha virgem, o que significa que ninguém vive naquela ilha e palco de gravações da Lagoa Azul.

Toda a excursão em si foi de sonho. No resort onde estava hospedada, a praia privada ainda tinha mar Atlântico, o que significa que esta foi a minha oportunidade de "provar" o mar das Caraíbas. A viagem foi feita num barco fabuloso, numa enorme festa animada e que tinha uma rede na extremidade do barco onde nos podíamos deitar e ver o mar passar por baixo de nós. A meio, pararam o barco e convidaram todos a dar um mergulho no mar. Foi aí, então, a minha estreia num mar das Caraíbas que, à partida, não tendo nada de cabalmente diferente dos outros mares, me fez sentir renovada. Lembro-me como se fosse hoje. Estava cheia de adrenalina, com um medo irracional de ter um tubarão bem atrás de mim e a cada cinco minutos lembravam-nos de que podíamos tocar nas estrelas do mar mas nunca as tirar da superfície por mais de 5 minutos, para protecção das mesmas. Ao início fiquei desolada, não encontrava nenhuma e com tanta gente dentro de água a areia revolta toldava a visão do mar tão cristalino. Acabei por desistir e voltar para dentro do barco.

Lembro-me de dizer que a ilha era exactamente igual a um screensaver do Windows. Parece quase absurdo que me tenha vindo à memória tal coisa, com tantas ideias bonitas alternativas que podia ter dito, mas foi o que me ocorreu: era bonito demais para ser verdade. Uma imensidão tão grande de natureza, de beleza natural, de cores que se completam, sons harmoniosos, atmosfera envolvente que parece quase absurdo querermos viver em qualquer outro lugar. A areia farinhenta e branca, o mar azul como nenhum Photoshop conseguiria imitar e as palmeiras que dançavam ao sabor do vento e das músicas tão típicas do caribe que passavam. Não dava para sair da água, tal era o calor e poucas eram as ondas que desequilibravam tamanha tranquilidade e harmonia.

Depois de muita exploração, de um almoço gigante e imensos jogos, decidi ir com o meu pai para o mar o mais longe que pudéssemos. Mas a meio parei de repente e quase nem respirei e ordenei ao meu pai que fizesse o mesmo: uma enormíssima estrela do mar, como jamais tinha visto igual, estava a poucos metros de mim, deitada na areia, amarela e laranja, bonita como só ela. O meu pai enterrou as mãos na areia para a elevar e, sem nunca a termos exposto à superfície e deixando-a sempre submersa, observámo-la com todo o cuidado; Passei o dedo pela superfície irregular dela e peguei-lhe para sentir o peso. Senti as suas vilosidades a fazerem-me cócegas com as mãos e hoje choro rios por não haverem Go Pros naquele tempo para hoje ter uma bonita foto do acontecimento. Voltámos a pousá-la na areia e voltámos para a costa sem dizer uma palavra, para não incomodarmos a estrela com o aparato que seria se anunciássemos. É uma das memórias de viagens mais incríveis que tenho.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016


Achei o máximo esta curta. Já sabem: não errem nas respostas!


Aqui me confesso: eu era uma louca por Barbies. Eu adorava esta boneca mais do que qualquer outro brinquedo. Eu tinha uma colecção assustadora de bonecas (muito, muito grande) e montes de casas da Barbie. Comprava a revista da Barbie! Lembro-me até da primeira Barbie que comprei e de a tirar da caixa e era certo que para todos os aniversários e natais, oferecerem-me uma Barbie era sucesso garantido. 

Na minha prateleira (porque eu dispunha as minhas bonecas em poses numa prateleira) conseguia observar os seus diferentes corpos, figuras e profissões. As mais antigas com um peito quase em trapézio, cintura fina que alargava de forma muito geométrica nos ombros, depois umas mais articuladas, outras com a figura corporal um pouco mais trabalhada, sempre mantendo a elegância por que era famosa. Barbie dentista, Barbie estrela de rock, Barbie astronauta, Barbie passeia os cães, Barbie piloto, Barbie no supermercado (a primeira que tive). Para mim a Barbie era uma simbologia de super mulher. Gira, cheia de talentos, capaz de tudo. Capaz de ir ao supermercado, arrancar três dentes e ainda passar pela NASA para ir dar um concerto de rock em Marte.

Não sei até que ponto a boneca mais famosa e gira do mundo influenciou a minha vida ou a minha percepção do mundo. Era um brinquedo e uma companhia, tal como todos os brinquedos que consigam exercer a sua função em pleno. Não sei se foi ela que me ensinou a ver o mundo de uma forma ambiciosa, a lutar pelos sonhos ou a fazer penteados mas sem dúvida que a minha infância foi marcada por esta boneca e que a guardo com muito carinho. E eu sinto que, à medida que cresço, cada vez mais esperamos que, na nossa vida, estejamos rodeados de símbolos e de mensagens que nos permitam ser quem nós quisermos ser. O que nós aspiramos ser. E isso começa pela forma como brincamos e com o que brincamos.

Sem dúvida que este golpe de marketing da Barbie foi genial. A Mattel fabricar Barbies com diferentes tamanhos, corpos, etnias e estilos passa sem dúvida uma mensagem multicultural e inter-individual que, nesta Era, vende. E que passa uma mensagem muito interessante às crianças do agora. Quão fabuloso é uma miúda encontrar dentro de uma embalagem bonita e cintilante uma boneca que projecta tudo o que ela deseja ser e tão parecida consigo? Que ser pequena não faz mal, pode vir a ser uma bailarina, uma dentista, uma astronauta na mesma? Que a pele negra é lindíssima também? Que penteados curtos são tão femininos como o cabelão comprido e loiro? Que as curvas também existem no mundo das bonecas?

Eu era loira quase platinada em miúda, branca, de olhos claros e chamavam-me palito em qualquer sítio que fosse. Ou trinca-espinhas. A Barbie sempre foi, na minha cabeça, a boneca mais próxima de mim e isso reconfortava-me e resultou na perfeição na projecção que sonhava para mim um dia. E é espantoso que, hoje, as outras crianças, completamente diferentes de mim, possam sentir o mesmo. Deixemo-nos de hipocrisias de pensarmos que as profissões e figuras da Barbie são ilusões que se passam para as crianças. A Barbie era astronauta e hoje eu não sou. Acarinho na mesma a boneca e não me sinto defraudada. O que importa não é se é astronauta ou se é de cor negra. O que importa é que faça sentir numa miúda no seu quarto a sensação de que não há limites para os nossos sonhos. E isso, para uma criança, é o quanto baste. Sem temperos duros de realidade.

Fotografia da minha autoria, por favor, não a utilizar sem autorização prévia
Em seguimento de uma conversa que estava a ter, disseram-me uma vez "a faculdade é uma mais valia da vida" e, apesar de estar a tirar uma licenciatura com todo o gosto, não concordei de todo com aquela frase e opus-me no primeiro segundo.  

A faculdade é uma mais valia para quem dela precisa para atingir o objectivo que tem. A faculdade é uma mais valia quando a nossa profissão desejada depende (no mínimo) de uma licenciatura para estar nas nossas mãos. Nisso é uma mais valia. 
E é precisamente por dizerem, em conversas de café, que a faculdade é uma mais valia, que os vossos filhos vão acreditar nisso. Vão acreditar que é um passaporte para respostas, para sairmos mais preparados para a vida, quando para muita gente, a faculdade é sair mais endividado de respostas do que quando entrou. É assim que os vossos filhos vão extorquir-vos o dinheiro numa licenciatura que não lhes diz nada. As pessoas têm de parar de pensar que todo o ser humano tem um percurso programado. Nem toda a gente quer ir para a faculdade e isso é normal. Tudo bem. Faz parte. A faculdade não é um check-list da vida. É uma etapa que uns passam e outros não. É tal e qual tirar a carta de pesados. Há quem precise e há quem não tenha falta nenhuma disso.
A faculdade não é uma garantia nem um aeroporto para o sucesso e é também uma outra coisa que as pessoas teimam em achar que sim. Vão para x curso porque dá um emprego de sucesso, dizem. Porque só de canudo na mão se chega mais longe. É mentira. O sucesso faz-se por muitos caminhos e alguns deles não exigem licenciatura. Talvez mais difíceis de atingir, sim. Mas o que para nós é difícil, marrando para exames, para outra pessoa que não lhes interessa nada pagar 3/4/5 anos de ensino é o melhor caminho do mundo e vai fazê-lo sem se queixar uma única vez. E vai conseguir! Não. Somos. Todos. Iguais. 

Ter uma família que nos apoie é uma mais valia da vida. Encontrarmos o amor da nossa vida é uma mais valia da vida. Ter uma boa educação das pessoas que mais admiramos é uma mais valia da vida. A faculdade não é uma mais valia para todos e quanto mais depressa as pessoas entenderem isto e não julgarem quem assim pensa, mais depressa olharão para o mundo como uma verdadeira mais valia. Caso contrário vão continuar a brincar às escolas numa Universidade e a roubar o lugar de quem realmente sabe que estar lá é uma mais valia para o seu futuro.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


Adorava ir ao concerto do Ludovico Einaudi mas as datas e o meu futuro incerto travam-me a vontade de sair a correr comprar o bilhete. Mas sei que ia adorar cada segundo. E que ia deitar muitas lágrimas nesta música. Deve ser uma experiência musical memorável. Um dia.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Fotografia da minha autoria, por favor, não a utilizar sem autorização prévia

1. Eu não como alimentos de cor verde
Tirando ervas aromáticas, que não me fazem a mínima confusão, é de uma enorme dificuldade para mim conseguir comer alimentos de cor verde. Deixam-me enjoada e com falta de apetite. Por exemplo, eu como pimentos vermelhos, amarelos, até laranjas sem o menor problema, mas se me metem pimento verde à frente, é certo que fica à borda do prato. Como dou importância à minha alimentação e não quero que "caprichos" esquisitos me condicionem a saúde, eu meto todos os alimentos verdes importantes na sopa com a devida concentração de cenouras e batatas para que a sopa jamais fique esverdeada. É o meu truque.

2. Eu tenho nojo/impressão de unhas
Eu sei que muitos já conhecem esta mas eu julgo que este é o facto mais "estranho" sobre mim. Se as minhas colegas começam a falar sobre unhas eu fico enjoada, com calor e as mãos a suar. Fico mesmo indisposta. Tenho um nojo enorme de ver unhas grandes, mesmo que estejam cuidadas, se vocês tiverem a parte branca da unha muito visível eu vou ficar incomodada. Se partirem a unha, por favor não me contem. E se têm unhas de gel e coisas postiças, não me toquem. Eu nem sequer consigo pôr um penso rápido em cima das unhas porque ter algo a colar em cima delas deixa-me em pânico. Só de fazer este texto já estou toda arrepiada. Cada vez que alguém mete uma foto no Instagram das unhas até fico verde. E depois eu digo às pessoas que as unhas fazem-me impressão e elas decidem contar-me que partiram uma unha e pedem para olhar. Mas são surdas?? Eu acabei de dizer que isso dá-me impressão e vão mostrar-mas? Uma vez acabei a vomitar em cima da mão de uma rapariga que decidiu mostrar-me a unha toda estraçalhada no minuto a seguir a eu ter-lhe dito que tinha impressão. Eu avisei.

3. Os meus dedos indicadores estão desalinhados. 
Estiquem os braços à vossa frente (estou a imaginar-vos a fazer isto e podíamos todos fazer a coreografia do Thriller a seguir); Se repararem, supostamente, o vosso dedo indicador será um prolongamento da direcção do vosso braço. Está alinhado na mesma direcção. Mas se eu fizer o mesmo, os meus dedos indicadores disparam para a esquerda ou para a direita (consoante a mão). São altamente tortos e desviados do braço. Eu descobri isso a treinar lançamentos, supostamente alinhamos o dedo na bola porque é a última coisa a tocar antes dela ser impulsionada no ar, por isso vai para onde o dedo estiver mas a minha saía sempre com efeito. Tinha de entortar a mão toda para lançar direito.

4. Eu consigo (e gosto) de comer cogumelos de lata "crus"
Sim, só os de lata, aqueles de supermercado que nem crus já estão. Eu adoro passá-los por água e, enquanto alguém prepara o refogado ou a refeição que os vai acompanhar eu vou ao passador e roubo um para comer. Há quem ache nojento, há quem ache estranho, mas os cogumelos sabem-me super bem (estou-me a sentir tão envergonhada!)


5. Tenho uma carga eléctrica a mais no coração
O coração é conhecido fisiologicamente por ter duas cargas eléctricas principais para controlar a circulação do sangue nas aurículas e ventrículos mas eu tenho mais uma carga eléctrica que poderia resultar em dois possíveis desfechos (explicação de grosso modo): ou o sangue fazia atalhos e cortava caminho para bombear mais depressa e isso resulta numa anomalia grave que me impediria, por exemplo, de praticar exercício físico sem me colocar em risco de um esgotamento cardíaco, ou a simplesmente correr todas as cavidades mas a uma velocidade superior, que resulta, às vezes, em episódios de palpitações mas sem riscos. Tive a "sorte" de ter a segunda, mas até descobrir qual delas era foi um pesadelo. Desde então a minha família parou de me chamar de miúda eléctrica ou de dizer "onde se tiram as pilhas?" como diziam desde pequena.


6. Eu fico desconfortável se mexem na minha agenda/telemóvel. 
Além de uma possível selfie mal tirada, não há nada no meu telemóvel que me possa comprometer. Não tenho vergonha das músicas que oiço, nem das mensagens que mando (nem dos destinatários) nem de absolutamente nada que figure o meu telemóvel, assim como não há nada na minha agenda que me comprometa de uma forma que justifique o meu desconforto. Tenho as anotações das datas de aniversário das pessoas que mais adoro, das minhas avaliações e datas-limite e algumas ideias para o blogue ou lugares que quero visitar mas nada disso é desconfortável para mim ou impeditivo de vos dizer pessoalmente. A ideia de ter alguém a vasculhar as duas é que me perturba, por mais inocente que seja. Por menos maldosa que seja a sua intenção. Mesmo que só queiram confirmar as datas dos testes, eu fico estupidamente ansiosa, sem qualquer razão racional. Mesmo que só queiram ver os jogos do meu telemóvel, eu fico altamente desconfortável! Apesar de não ter nada de íntimo, tem conteúdo pessoal precioso que me faz ser muito zelosa.

7. Eu não consigo andar de carro com as janelas abertas
Sinto-me um alien, mas é verdade. Faz-me imensa confusão, impressão, o cabelo vem-me todo para a boca, se o apanho, as farripas que estão a nascer entram-me no olho, a violência com que me bate na cara é incomodativa, parece que me bloqueia a respiração.

Eu acho o máximo quando vejo este desafio no blogue de alguém e depois reparo que os seus factos estranhos são do mais banal. E depois sinto-me um alien porque derroto qualquer pessoa com a minha estranheza. Eu nem vos pergunto se se identificam com algum destes factos porque eu acho demasiado improvável (ups)! Mas se forem iguais a mim em algum aspecto eu vou sentir-me menos sozinha e artista de circo!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016


Coisas incríveis acontecem quando juntam duas das minhas grandes paixões: basquetebol e música.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Fotografia da minha autoria, por favor, não a utilizar sem autorização prévia
Existem várias formas de fazer tratamento do leite, das quais muitas já conhecem, pasteurizada, ultra-pasteurizada... Mas existe também uma menos famosa: esterilizada. E onde podemos encontrá-la? Em todos os leites com chocolate que são comercializados. Qualquer leite com chocolate, de qualquer marca, é esterilizado e isso significa que, como o nome já o indica, o leite passa por um processo de esterilização para eliminar todos os microorganismos, incluindo a própria flora natural do leite que em nada tem de prejudicial. Isto significa também que se vocês tentassem beber este leite esterilizado, iam cuspi-lo no mesmo segundo! É altamente intragável e por isso mesmo só é comercializado com chocolate: a quantidade de açúcar adicionada é astronómica para que vocês consigam beber o leite sem qualquer agonia.

domingo, 24 de janeiro de 2016


A cor deste Fiat 500 tem sido super controversa mas eu faço parte do grupo que a adora. Aliás, é exactamente assim que eu gostava que este carro me viesse parar às minhas mãos. Seria um sonho tornado realidade.


A queridinha de 2016 que, sim, também está nas minhas mãos. Passei de uma agenda completamente simples e sem grandes extras para uma aprimorada até ao mais último detalhe (e na qual eu espero que sejamos as melhores das melhores amigas).

Para mim é irresistível, ou não fosse eu uma apaixonada por esta marca. Pensaram em tudo para esta agenda, mas, acima de tudo, pensaram em mim: nas imagens, nas cores, nos detalhes que eu tanto gosto.
Não é uma agenda para todos os gostos, não agrada gregos e troianos nem todas as carteiras mas sem dúvida que quero falar-vos um pouco mais sobre ela.

Três pautas de horários semanais, um calendário do ano inteiro numa só folha com as gravuras mais queridas, uma página de listas (que eu tanto adoro fazer), espaço quadriculado para os registos semanais e ainda um extra para fazermos uma lista de tarefas do dia. Em cada página existe ainda um pequeno espaço para colocarmos tarefas e decisões que daquela semana não podem passar. Todas as semanas vêm acompanhadas de frases para lá de giras e das ilustrações mais queridas que tão bem conhecemos. Os feriados registados com originalidade, uma série de autocolantes maravilhosos para animar a nossa agenda com as coisas mais diversas, desde notas para exames, para começarmos a estudar, para enviarmos e-mails, comprarmos prendas de Natal, lembrarmo-nos do aniversário da melhor amiga ou do aniversário de namoro (como se isso fosse necessário, sejamos honestos, mas fica sempre muito fofinho) e uma carrada de bonequinhos que destacam qualquer tarefa ou encontro marcado que tenhamos para o dia. No final ainda há disponível um calendário do ano inteiro de 2017 também numa só folha, 5 frases maravilhosas com mensagens das quais não me posso esquecer (e não me posso esquecer de verdade) e ainda um quadro de cada dia do mês com a possibilidade de escrevermos os nossos objectivos mensais.



Folhas com lembretes para escrevermos (que têm sido os meus melhores amigos para planear coisas no blogue, aqui me confesso) ou para deixar mensagens surpresa queridas e uma das coisas que, para mim, são as mais úteis de sempre: quatro folhas de preparação de malas para viagem que têm já uma lista detalhada de artigos que devemos ir arrumando e fazendo check desde pasta de dentes aos medicamentos e mapas, passando no passaporte e carregador do telemóvel (que estou sempre a esquecer). Para mim, estas quatro folhas são preciosas. Mais 9 páginas de listas e depois uma secção para o controlo de gastos monetários (que não uso, aliás, não escrevo em lado nenhum por uma questão de segurança, prefiro fazer essas contas na cabeça).O resto da agenda são folhas de rascunho coloridas para escrevermos o que quisermos.


Como estão a ver, são imensas coisas para uma agenda só, o que lhe afecta no peso e no tamanho. O tamanho, para mim, é perfeito, mas há quem prefira agendas pequenas, coisa que para mim nunca iria funcionar. Uma vantagem da agenda ser de argolas é que posso libertar-me de folhas que para mim não têm necessidade de existir na minha agenda (foi o caso das folhas de controlo monetário) e tem uma enorme aplicabilidade noutras coisas, como nos rascunhos.

Facilmente perguntar-me-iam porque me converti a uma agenda tão "cheia" quando uma simples faz tudo o que preciso com menos floreados a acontecer mas eu pergunto porque não? Numa vida cheia de rotinas, horários, deadlines, coisas para entregar, ser avaliada e com tantos afazeres, eu quero olhar para o sítio onde tenho tudo planeado com inspiração para fazer. Para me motivar. E se isso significa olhar para segunda cheia de trabalhos com a promessa de uma quarta com planos maravilhosos ou com um sticker giríssimo que promete coisas boas no final da semana ou uma frase inspiradora que me faz ver as trabalheiras noutras perspectivas, eu alinho.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Fotografia da minha autoria, por favor, não a utilizar sem autorização prévia
Quando falamos de Sintra, dentro de todas as suas maravilhas, existe um grande calcanhar de Aquiles que ataca sem misericórdia a carteira de qualquer turista: os preços. Eu diria que, embora não seja impossível, é muito violento fazer uma grande visita cultural a Sintra por todos os preços que acarreta, embora com os descontos ajustados e os preços justos para a beleza que oferecem. Não há quase nada em Sintra que não tenha um custo, uma entrada, um bilhete. Ainda assim, eu consegui reunir 3 locais ao ar livre gratuitos e que fazem um grande jus à definição histórica, romântica e fantasmagórica que acompanha ao longo dos séculos Sintra e que não custam absolutamente nada. Exploram comigo?

Parque da Liberdade: Este é o mais fácil de visitarem porque situa-se mesmo ao lado da Vila de Sintra, no famoso caminho com estátuas e figuras de arte que nos levam ao centro da vila. Situa-se precisamente aí, com uma imponente entrada, um enorme portão e algumas estátuas a adorná-lo. Dos três locais que vos vou falar, para mim, este é claramente o mais romântico e toda a disposição no interior do parque remete-nos para isso. É um parque gigantesco onde se vão perder por tantos caminhos e escadinhas por onde escolher, com uma vegetação lindíssima e identificada e imensos recantos onde podem parar e observar a vista, olhar em vosso redor ou descansar um pouco das subidas com a vossa pessoa amada. De destacar ainda que tem imensos sítios para prática desportiva como ringue de patinagem, parque de merendas, imensos riachos, cascatas pequeninas e lagos. É perfeito para um final do dia.

Vila Sassetti ou Quinta da Amizade: Em Novembro voltou a abrir ao público depois de uma enorme restauração e assim se tem mantido gratuita. A componente história e romântica ligam-se neste parque que nos convida a subir até ao topo e ver a vista extraordinária que proporciona. Ao longo do caminho podem encontrar imensa vegetação, mais lagos pequeninos, cascatas e riachos e perderem-se num jardim que quase se parece de fadas. Cada vez que lá ando sinto-me um pequeno elfo. A meio do caminho encontram a famosa quinta Sasseti, de uma beleza arquitectónica fascinante e onde em alguns locais da quinta podem subir, explorar, ver além das pequenas janelas e miradouros. Pessoalmente, o meu miradouro favorito é um com um recorte de castelo mas que está coberto de azulejos bem à moda portuguesinha, azuis e brancos. Conseguem ter uma panorâmica lindíssima para a Quinta da Regaleira, como se fosse uma pintura de um conto de princesas e se subirem tudo vão dar até à rocha da amizade (ou como eu lhe chamo, o "Calhau gigante dos amiguinhos") que é um gigantesco pedragulho que, para lá chegarem, passam por um corredor coberto de eras e de onde a luz solar entra pelas brechas que as folhagens permitem. Uma visita ideal para começarem o dia e para vos abrir o apetite da enorme subida que vão fazer.

Peninha: Têm os casacos prontos? Situa-se perdida na Serra de Sintra e é um dos melhores miradouros para explorarem. É muito alto, faz vento e frio lá portanto não é ideal visitarem-no de t-shirt e casaco de ganga, mas vale cada bater de dente que fizerem. A vista 360º é para lá de linda. Se, ao chegarem, podem ver o mar rebentar nas rochas bem lá em baixo, do outro lado conseguem ver o Castelo dos Mouros na perfeição. Na Peninha encontram uma capela (que podem visitar) com uma famosa divisão amarelada onde a maior parte das pessoas se abriga e senta lá para verem a paisagem e tirarem as famosas fotos. Para mim, esta última enquadra-se no clima fantasmagórico por estar muito próxima da Serra de Sintra e com um enorme caminho alado de árvores por onde o Sol entra em raios e confere aquela atmosfera misteriosa que lhe é tão característica. Se conhecem a lenda das 3 Marias, este é o local certo para visitarem, apreciarem ao máximo a paisagem e depois arrepiarem-se ao ver o caminho da Serra, esperando que uma das Marias esteja lá à vossa espera.

De carro ou de comboio, todos estes locais são facilmente acessíveis e identificados. Espero que vos tenha entusiasmado a visitarem. Já espreitaram algum destes lugares?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


«Ficas feliz com as mais pequenas coisas. Coisas mesmo simples. É das características que mais gosto em ti.»

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016


Este é um livro diferente de qualquer outro livro que já vos possa ter apresentado neste separador. Tão diferente que já faz algum tempo que o li e ainda não consigo propriamente arranjar maneira de começar a escrever sobre ele.

Vejamos detalhes mais técnicos: este não é um livro para principiantes e não o aconselho de todo a quem poucos hábitos de leitura tem e só está agora a começar. É um livro com pouco diálogo (se houverem três conversas neste livro já é muito) e que exige do leitor uma concentração e um empenho na leitura (sem grandes picos de acção) que, para principiantes vai ser muito custoso e vai acabar por desistir. Além disso, é um livro pesado. Mas é a prova de que os livros descritivos não têm de ser uma seca. É incrível.

Aquilo que mais adorei neste livro é o quanto puxa aos nossos sentidos, ou não fosse o conteúdo do livro fiel a um título tão sensorial. Durante todas as leituras quase que me senti a cheirar as mesmas coisas que o protagonista cheirava e os detalhes das descrições permitem-nos ter uma visão aberta e cinematográfica do que se passa.

É um livro que, para mim, custou a entender o propósito inicial. A história fala sobre Jean-Baptiste Grenouille, um rapaz com um sentido apurado superior ao normal para a captação de cheiros. Para ele, os aromas, os perfumes, as fragrâncias e os odores do mundo são aquilo que verdadeiramente compõem a realidade. Para ele, não nos entregamos às coisas mais interessantes do planeta por elas terem cores bonitas ou atraentes, vozes significativas ou linguagem sedutora. Entregamo-nos porque confiamos no odor do que nos apela.

Para ironia das ironias, Grenouille consegue identificar o cheiro de todas as coisas e memorizá-las... mas não tem odor. E é a partir desta introdução tão intrigante que o desenrolar de uma história em busca do Absoluto começa.

É um livro em que não vão gostar de uma única personagem. Todas têm traços interesseiros, intriguistas, cruéis ou egoístas, traços do defeito humano demasiado vincados e que nos impedem de estabelecer a mínima empatia. O livro puxa aos sentidos a todos os níveis e não só ao olfativo. O visual é muito cuidado nesta narrativa a tal ponto que, em alguns capítulos, senti-me perturbada. Não foi um livro que conseguisse ler de uma ponta à outra num só dia, tem demasiada coisa para absorver e ultrapassar. É uma narrativa muito intensa.

Quando me fui apercebendo dos propósitos finais da história, achei-o soberbo. Não pelo enredo todo em si mas pelo conto subtil e macabro que conta. Por não estarmos à espera ou, pelo menos eu, aguardar sempre algo alternativo. Para mim, foi surpreendente e rapidamente compreendi porque diziam que o livro era maravilhoso. Porque o é. Mesmo que me recuse a lê-lo de novo.

O livro dos crescidinhos e com estaleca para estas leituras. Se o têm, está mais que recomendado. Especialmente pelos detalhes históricos também. Para mim é sensacional cheirar, ver e sentir coisas onde não estão fisicamente presentes. O livro consegue fazê-lo. Afinal podemos sentir amor e entrega só por um perfume maravilhoso?

Já o leram? O que acharam? Eu confesso que ainda não vi o filme que dá vida ao livro.

Autor: Patrick Süskind
Número de Páginas: 273
Disponível na WOOK (ao comprares o livro através deste link, estás a contribuir para o crescimento do Bobby Pins)

domingo, 10 de janeiro de 2016


Tema | O elemento diferenciador do Carnaval de Torres é a seleção de um tema para inspirar os disfarces. Cada ano é composto por um tema diferente, do mais variado e aleatório possível, e no qual os participantes do Corso têm obrigatoriamente de o cumprir para poderem competir para o prémio de melhor grupo de mascarados. O Corso é o desfile da cidade mas não é composto por escolas de dança ou samba e sim pelos grupos de pessoas que se inscrevem antecipadamente para atender, não sendo necessário estarem vinculados a alguma instituição ou associação. Para quem não participa no Corso, cumprir o tema não é obrigatório (até porque, quando são principiantes, pode ser difícil pensar numa máscara original relacionada com o tema) mas é sempre divertido pensarem em algo relacionado com o conceito proposto, além de que se integram com mais facilidade.

As Matrafonas não são Travestis | É fácil observar de fora a tradição da Matrafona e associa-la aos travesti mas são conceitos diferentes. A arte Travesti é um hábito de vida enquanto que a Matrafona propõem-se a uma caricatura aos primórdios do Carnaval de Torres. Nos primeiros carnavais, as mulheres não eram autorizadas a participar neste tipo de eventos. A ideia de os homens vestirem-se de mulher surgiu de uma necessidade — ninguém tinha disfarces, portanto, aproveitavam as roupas das mulheres para encarnarem um personagem — e alertar para a exclusão da mulher neste tipo de festividades.

Quebrem o pudor | Para quem nunca celebrou Carnaval e planeou visitar Torres Vedras nesta época, é surpreendentemente comum a tentação de ir vestido à civil. Um erro que aconselho fortemente a evitarem, mesmo que nunca se tenham mascarado ou que não seja um hábito vosso. O desconforto de estarem rodeados de mascarados com vestimentas normais é algo que, contado, parece insólito mas que é muito real. Aqui, a regra de se mascararem é cumprida a rigor e as roupas de civil são deixadas no armário durante uns dias. Mesmo que a vossa máscara não seja o cúmulo da originalidade, apostem nela. O espírito de inclusão e participação é forte por aqui e ninguém quer ser deixado de parte. Além disso, os participantes têm tendência a serem mais 'chatinhos' com quem não se mascara — identificam-vos automaticamente como forasteiros — e a probabilidade de sofrerem partidas é maior.

Libertem-se da masculinidade frágil | Muitos homens rejeitam a ideia de se mascararem de Matrafonas unicamente pela ideia de se personificarem como o género contrário. Há uma ideia de perda de virilidade que, para nós, não faz o menor sentido. Ninguém questiona a vossa masculinidade por andarem de peruca na cabeça durante três noites em Torres Vedras. Há tantas Matrafonas em Torres Vedras que ao fim de uma noite de folia já nem estranham. Sim, elas vão querer dançar convosco, sim, elas vão dizer que têm nomes femininos e vão meter-se (de forma saudável) convosco. Dependendo do nível de compromisso de cada uma, há umas mais arranjadas e arrojadas, e outras mais discretas. Todas são bem vindas. Não é hora de vergonhas!

As pessoas vão meter-se convosco | Este é um Carnaval muito brincalhão que puxa à criatividade das pessoas e à sua capacidade de fazer humor e de sermos bem dispostos. Isso significa que será muito provável estranhos mascarados quererem falar convosco só para dizerem que a vossa máscara está genial, ou que uma Matrafona apareça à frente do vosso namorado para o tentar 'conquistar'. Também é provável que pessoas vos parem a meio do caminho para perguntarem onde conseguiram determinada peruca ou como fizeram determinado fato. Em nenhum destes pontos as pessoas o fazem com um propósito abusivo ou de assédio, pelo menos a maioria. Aconselho que tenham cuidado e precaução, como sempre, mas que não as encarem no imediato como uma situação maldosa. Raramente as pessoas são chatas, perseguidoras ou insistentes. Sejam cautelosos, partilhem o que achem que devem partilhar mas sem comportamentos agressivos ou defensivos no primeiro impacto. 

Os melhores dias (ou, neste caso, noites) | O Carnaval de Torres é de Sexta a Segunda, numa constante vibração, e todos os dias são dias intensos e grandiosos mas Sábado e Segunda são tradicionalmente os dias com mais gente, com mais animação e com mais coisas para explorar. É no Sábado que o Corso nocturno começa, com os famosos carros alegóricos muito bem dispostos e com as praças cheias de música e cheias de gente também. Por excelência, são os dias de verdadeiro Carnaval, embora Sexta comece a ser bastante forte também. São os dias com mais enchente e movimento também, portanto, preparem-se para multidões e não deixem que isso vos impeça de se divertirem.

Praças e Ruas | O verdadeiro Carnaval de Torres é o que não passa na televisão. Se o que se vê nos Jornais é o Corso e os carros (que são muito giros e que nunca deixo de ver) a verdadeira diversão está nas praças e ruas, no percurso pelas ruas do Castelo. Todas as ruas estão cheias, todos os bares estão abertos e todas as praças de Torres Vedras têm palco. Tradicionalmente, a praça mais famosa é a Praça da Batata. É também a praça com a afluência mais jovem. Existe também um parque de estacionamento mesmo ao lado que também é muito forte e o palco do Mercado com uma afluência mais controlada, o ideal se não quiserem muitas multidões. Qualquer um destes lugares é facilmente indicado por qualquer pessoa no Carnaval. As ruas preferidas são as do Castelo, onde têm muita gente e, geralmente, a mais velha, a veterana. Não sabem onde ficam as ruas do Castelo? Não há problema. É só seguirem a corrente humana. Não dá para chegarem a outro lado. No Carnaval, todos os caminhos vão dar ao certo.

Não há samba, mas há brasileiradas | Não temos os carros alegóricos cheios de penas com brilhantes nem mamilos ao ar em pleno Fevereiro europeu mas a maior parte das músicas que passam nas colunas são as típicas brasileiradas, concertos de Ivete Sangalo, os funks mais horríveis e, em algumas praças, músicas mais antigas e que puxam à nostalgia. Algumas músicas já são bem clássicas do Carnaval, outras vão surgindo conforme as tendências ao longo dos anos. Não é a altura para criticas e gostos musicais, é simplesmente a música mais propicia para se saber o refrão depressa e para dançar animadamente sem a necessidade da música 'de martelinhos' de discoteca.

Vão às rolotes de comida ANTES das praças encerrarem | Há tradições fundamentais neste Carnaval e uma delas é terminar a noite de folia (ou deverei dizer manhã?) com uma sandes de cozido. Mas a verdade é que os menus já estão mais do que variados, entre pães com chouriço, churros, hamburgueres e kebabs. Em todos, a dica é a mesma: passem pelas rolotes antes das praças encerrarem a música. Espaços públicos ao ar livre estão protegidos por lei ao encerramento de música ao fim de determinada hora. E o que fazem milhares de pessoas quando a música acaba? Lembram-se de que têm fome. As filas são absurdas e muitas das rolotes não vêm preparada para a afluência de esfomeados, esgotando o stock. Visitem as rolotes antes para não perderem o vosso menu e fazerem o pedido sem dramas.

Comprem o passe do Túnel ANTES do começo do Carnaval | O Túnel é a discoteca mais famosa do Carnaval. Dura a noite toda até ao meio-dia do dia seguinte. É a preferida e aquela que todos os principiantes querem visitar porque a descobriram no dia do Carnaval, depois de verem que toda a gente dirigir-se para lá. Mas façam por comprar o passe (a pulseira) antes do Carnaval para evitarem a inflação de preço.

Comprem o Kit se vão ao Carnaval mais de dois dias | Em Torres, o Carnaval não é pago todos os dias, mas nos mais fortes há um custo simbólico de entrada, tanto de dia como de noite. Depois das duas da manhã, em qualquer noite de Carnaval, a entrada fica gratuita, mas se escolherem esta alternativa saibam que só vão aproveitar 2h de praça e que o Corso já terminou. Uma boa escolha é o Kit de Carnaval. É vendido todos os anos e inclui uma pulseira de entrada para todos os dias e ainda alguns brindes simbólicos do evento e que vão de acordo com o tema, além de que é mais barato do que comprar a pulseira nas bilheteiras do recinto.

Vão ao Carnaval com um Torrense | Tentem ir ao Carnaval com um Torreense. Porque ele vai saber todos os truques, todas as ruas mais giras, os percursos, as praças, vai saber onde conseguir os melhores preços de bebida e comida e ainda vos ajuda no alojamento, máscaras e outros detalhes que envolvem todo o "custo" de ir a um evento destes. Eu sempre disse isto e confirmo: ir ao Carnaval sem um Torreense não é a mesma coisa que ir com um e a maior parte das pessoas acaba por perder imensa coisa quando é de fora.

Obrigada, Margarida, pela ideia de publicação! Espero que seja útil!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016



O filho do 2048 chegou e chama-se Cell Trap. Na minha opinião, um pouco mais giro que o 2048. Mais uma vez temos acumulações numéricas, tal como no 2048. O objectivo é acumular o maior número possível, tal como acontecia no 2048. Mas em vez de os números de fundirem cada vez que deslizávamos o dedo, aqui é por combinações de quatro. Ou seja, o valor azul a dizer "4" só fica assim quando tiverem quatro células de 1 lado a lado. A cada quatro combinações de um valor igual, surge um maior, múltiplo de quatro. Podemos mover as peças o número de vezes que quisermos, para a casa que quisermos desde que a via não esteja obstruída, ou seja, desde que seja possível fazer um caminho com os hexágonos cinzentos desde o sítio inicial onde a peça se encontra, ao sítio onde queremos que fique. Caso contrário, a peça não sai do lugar. Quando atingimos o valor máximo a nossa pontuação duplica e a peça desaparece e ficamos com mais espaço de jogo. Se ocuparmos todas as peças do jogo, perdemos.

É intuitivo jogar ao Cell Trap e depressa aprendem o jeito, por isso, se não conseguiram perceber a minha explicação (compreensível) não deixem de tentar porque vão lá chegar. Na minha opinião, um pouco mais desafiante que o 2048 e um excelente mata-tempo. Não precisam de ligação à internet e podem jogar em modo clássico, extremo ou multiplayer. E dá um jeitão as cores para o caso das crianças que ainda não sabem bem os números (fazem a relação pelas cores). Divirtam-se!


Uma das imagens mais fortes que tenho na minha memória de todas as viagens que já fiz foi sair de um mercado em Punta Cana e ver homens bem armados até aos dentes no telhado a fazer vigilância e patrulha. Dezenas deles no telhado. Marcou-me.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016


A crueldade explícita e as cenas de violência e abuso sexual fazem-me não conseguir apreciar Game of Thrones. Por muitas vezes decidi fazer companhia ao meu namorado para assistir à série (que tem uma história envolvente e fantástica, eu reconheço) mas todo este complexo de cenas revolta-me. Crianças a morrer queimadas, mulheres e crianças a serem violadas e agredidas deixam-me de coração agitado e enjoada. Enojada. Mexe demasiado comigo. São questões demasiado cruéis e reais na vida de muitas pessoas para eu conseguir relativizá-las.

É certo que é um retrato de época fiel. As coisas eram assim e não há como as contornar. Mas se já me deixa desconcertada ler esses retratos de época, fica quase impossível para mim vê-los representados numa série. Acho que sou demasiado sensível nestas temáticas. O mesmo aconteceu com outras séries como, recordo-me agora, Spartacus.

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Fotografia da minha autoria, por favor, não a utilizar sem autorização prévia
Para mim, os livros são dos presentes mais íntimos que se podem oferecer. Não estou a falar dos livros Uma Aventura que um amigo nosso nos oferecia todos os aniversários da nossa pré-adolescência nem daquelas pessoas que oferecem livros para despachar o assunto da tarefa de terem de te oferecer um presente. Eu falo de alguém com quem tenham proximidade a oferecer-vos um livro. É do mais íntimo que há. E é por isso que detesto, abomino, quando alguém que não me conhece bem me oferece um livro.

Porque implica conhecimento profundo do outro. Porque não oferecemos a alguém que estimamos um livro em que não tenhamos certeza absoluta de imensas particularidades da pessoa. As épocas históricas favoritas, as áreas literárias que mais aprecia, as características típicas da pessoa e que podemos identificá-las num personagem, para que também ela se identifique com a mensagem. Que tipo de histórias sabemos que podem comove-la, inspirá-la, apaixoná-la, tocá-la de alguma forma.

Oferecer histórias é sabermos a detalhe a história da outra pessoa e sabermos que as duas se podem cruzar. É partilhar comentários, capítulos, citações e opiniões. Quando alguém nos oferece um livro e diz "Escolhi este porque acho que vais gostar muito" não te conhece apenas. Não sabe apenas a tua cor favorita e aquilo que mais gostas de comer além de pizza. Sabe detalhes mais profundos de ti que talvez desconheças.

É, para mim, um crime oferecer livros por oferecer e é por isso que raramente o faço a não ser que tenha absolutas certezas da pessoa que tenho ao meu lado. E cada vez ofereço menos porque as pessoas não têm hábitos de leitura. Mas cada vez que recebo algum livro porque foi especialmente pensado para mim, uma parte do meu coração aquece e sinto-me a pessoa mais sortuda do mundo por ter pessoas que me conhecem tão bem ao meu lado. É a melhor prova. Querem saber se a outra pessoa sabe quem vocês realmente são por dentro? Peçam-lhes para vos oferecem um livro. Vai dizer muito do que pensam de vocês. De que matéria vos consideram feitos.


Uma tradição que não me recuso a fazer na Passagem de Ano: estrear um conjunto de roupa interior nova. Por nenhuma outra razão senão sentir-me incrível e ter mais um conjunto giro para a gaveta!

domingo, 3 de janeiro de 2016

Como todos vocês sabem, eu não bebo qualquer tipo de bebida alcoólica mas no Verão aconteceu um episódio bem caricato em que decidiram fazer-me um Mojito sem álcool (um mojito virgem, como se diz) porque achavam que eu ia gostar da bebida em si se não tivesse a componente do álcool. E, sem dúvida, acertaram. Desde então que fui conhecida pela fã do Mojito Virgem e no Natal a piada não passou despercebida. Junto com um lip balm de manga (que eu amei) estava este boião lindíssimo de edição limitada da Body Shop que a minha amiga Vanessa não resistiu comprar para mim como inside joke. E que bem que ela fez!
Já usei imensos cremes da Body Shop. É, aliás, uma das minhas lojas de corpo de eleição. Já passou pelas minhas mãos côco, baunilha, morango, castanha... E muitos outros aromas eu já "provei" nas lojas mas, para mim, este é o meu cheiro favorito até agora da marca e estou encantada. Virgin Mojito é um creme com cheiro ao gelado Fizz de limão. Tem a frescura inicial do limão, o toque da hortelã e depois um corpo mais abaunilhado, tal e qual o creme por dentro da Fizz de limão. A primeira vez que cheirei este creme fiquei derretida de amores. Cheirá-lo na pele é divinal e sinto que estou numa esplanada ao Verão. A única desvantagem que aponto é que, apesar dos efeitos magníficos que tem na pele (como todos os cremes até agora da Body Shop mo provaram) o cheiro não fica por muito tempo. Ao fim de duas horas é como se não tivessem nada, o que me deixa com imensa pena porque é um cheiro maravilhoso. Mas sei que lhe vou dar muito uso no Verão. Se querem aproveitar esta relíquia e não têm uma amiga fantástica com inside jokes disponíveis, não se esqueçam que a edição é limitada! Está recomendado.


Sabem quando descobrem artistas fantásticos e sentem-se traídos por eles existirem há tanto tempo e só os descobrirem agora? Eu fiquei assim com Woodkid. Façam um favor às vossas vidas e oiçam esta música até ao fim.

Fotografia da minha autoria, por favor, não a utilizar sem autorização prévia
Há uma série de ideias e conceitos que me ultrapassam. Considerar que fazer turismo por Portugal não é viajar a sério é uma delas. Aliás, o absurdo tem uma expansão tal que, quando fui a Barcelona, houve quem me respondesse "Oh, isso é Espanha, é mesmo aqui ao lado. Não é viajar a sério". Mas afinal o que é viajar a sério e porque raio é que a proximidade geográfica descredibiliza todo o potencial turístico de um local? Porque é que as pessoas continuam a dizer que vão viajar por Portugal com uma sensação de indiferença ou com pouco entusiasmo?

Sou-vos muito sincera; Tenho o enorme privilégio e gratidão por ter viajado já com tanta frequência. Por já ter pisado um continente diferente do meu e por entrar em contacto com diferentes culturas e línguas. Mas, para mim é essencial, antes de conhecer o mundo, conhecer o meu. Para mim não haveria vergonha maior do que conhecer o meu planeta na palma da mão e nem desconfiar de detalhes da parte onde nele habito, onde nele nasci e cresci.

Viajar não é uma questão de transportes, nem da classe onde neles escolhemos apreciar o caminho, nem se levamos muito ou pouco dinheiro, se foi uma viagem cara ou bem barata, se será de um mês ou um fim-de-semana rápido, se será num hostel, hotel ou até na casa de um amigo. Se levamos sanduíches na mochila para comer pelo caminho ou se paramos em todas as refeições num restaurante. E, muito menos será se é no meu próprio país ou não.

Viajar é um conhecimento profundo sobre nós próprios muito maior do que o conhecimento da cidade que temos debaixo dos pés. Visitamos sítios novos, revemos outros noutro prisma, experimentamos novas comidas e tradições e isso não é apenas uma promessa garantida além fronteiras. Com tanta beleza nacional, com tanto património por explorar, com tanta História que carregamos nos braços, com tantas serras para subir, florestas para caminhar, praias para apreciar, comidas boas para provar e ambientes diferentes para experimentar, pergunto-me: como podem as pessoas olhar com pouco entusiasmo para uma viagem no próprio país? É pouco entusiasmante só porque não entramos num aeroporto? É pouco exótica porque falamos a mesma língua?

Cada viagem é uma viagem e tem magia só por ser uma viagem. Porque saímos da nossa zona, da nossa casa para nos explorarmos. E cada viagem tem os seus elementos electrizantes, seja as paisagens com que nos cruzamos durante a viagem no carro, seja o momento da descolagem num avião. "Viajar em Portugal é giro mas..." não, não há mas. Viajar pelo meu país é incrível. E quem torce o nariz perante a afirmação que acabei de fazer é um ingrato.


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