The MET


Adornado por Central Park e encarando a 5ª Avenida, o Metropolitan Art Museum eleva-se num dos pontos mais icónicos de Nova Iorque e foi, sem dúvida, o meu museu preferido. 

Embora não tenha feito parte da legião de fãs de Gossip Girl, maravilhei-me como as escadas moldavam-se e transformavam para tantas pessoas; uma mesa improvisada para comer, um ponto de encontro para uma conversa, a pausa dos turistas para descansar, a primeira fila de quem observa os outros e o holofote de quem quer ser observado. 


Foi fundado em 1870, embora muito mais pequeno e bem longe da sua atual morada na Avenida mais famosa dos Estados Unidos, mas hoje tem um repositório com mais de dois milhões de artefactos e obras de arte criados ao longo de mais de 5 mil anos. 

Visitar o MET é uma experiência que começa logo no Grande Salão, à entrada; não importa a altura do ano, serão sempre recebidos por extraordinários e sumptuosos arranjos de flores no hall, uma tradição que nasceu em 2003 e que perdura desde então através de uma florista residente no museu. 




E quando passamos os nossos bilhetes, iniciamos uma viagem pelo mundo. É aqui que o mapa do museu impera e que temos de escolher criteriosamente as salas que mais nos despertam a curiosidade – sob pena de ficarmos dias a fio retidos neste museu gigante; o antigo templo egípcio é um dos ex-libros do museu, mas também podem visitar um jardim oriental, ver salas que parecem saídas de verdadeiros palácios, observar as estátuas grego-romanas ou mergulhar em séculos de pintura e correntes artísticas, como Pollock, Caravaggio, Degas, Monet, Picasso, Vermeer, Goya, Mondrian, Rembrandt e, sem surpresas, Van Gogh. 

Partilhei várias curiosidades convosco sobre algumas destas obras no meu perfil de Instagram - visita os destaques de Nova Iorque!


O piano mais antigo do mundo: é italiano e data 1720!


Não existe a menor dúvida de que é uma delícia para os entusiastas de arte. Marquei cuidadosamente as alas que não queria perder e foi um bálsamo passar uma manhã de chuva em Nova Iorque a cruzar-me, uma vez mais, com tantos quadros que faziam parte da minha lista de desejos a ver com os meus próprios olhos. Demorei-me nos detalhes, sentei-me nos salões a observar os artistas que replicavam as obras à sua frente e senti-me, genuinamente, numa viagem pelo tempo – onde não consegui deixar de me questionar sobre o monopólio que estes museus detém sobre tanto que não lhes pertence. 





Quanto mais viajo e mais entro nestes museus, mais cresce em mim esta reflexão e o gosto amargo com que fico ao sentir o conflito entre não querer fazer parte da perpetuação deste esquema, mas sentir que não será resolvido no meu tempo de vida e querer tanto ver estas obras que me movem, que comovem. Há muito tempo que estas visitas a museus geram inquietação dentro de mim e que nunca mais saí de uma sentindo-me em total plenitude e gratidão por ter visto e testemunhado tantas coisas belíssimas. 






Com ou sem conflito, é um museu extraordinário e que saciou a minha adoração por arte. Comprámos os bilhetes online e foi um absoluto descanso – não apanhámos filas e entrámos no museu à hora que desejávamos. Pela afluência, recomendo muito o período da manhã, embora seja possível visitá-lo à noite em determinados horários e épocas (o que, embora seja uma experiência interessante, penso que só compensa a quem já o visitou pelo menos uma vez, já que o período de visita é bem curto). 




Se já estiver aberto, não deixem de visitar o terraço do museu, com uma vista privilegiada para a cidade. Li em vários locais que era possível visitar o MET de graça, mas não está confirmado em lado nenhum e creio que a oportunidade só se aplica a residentes de Manhattan. Não arriscaria, já que os bilhetes diários seguem uma dinâmica de first come, first served.

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