Prater


Há poucas coisas mais deliciosas numa viagem do que, depois de um assoberbar de cultura e informação, descontrair num programa mais leve e divertido. Apontar o Prater para o final de um dia cheio de museus e palácios foi a decisão perfeita para vermos um outro lado de Viena e para criarmos memórias especiais e felizes. 


Sejam ou não fãs de montanhas russas (já lá iremos), o Prater é um lugar a manter no roteiro, caso tenham tempo. Aberto ao público em 1766, é um dos parques de diversões mais antigos do mundo. 

Começou por ser um parque de curiosidades, exibindo animais exóticos, espetáculos que evocavam o sobrenatural ou pessoas escravizadas por terem características inusitadas. Um festival de crueldade à moda do seu tempo e que, felizmente, se foi convertendo naquilo a que hoje associamos como qualquer parque de diversões. 


A verdade é que, mesmo com um passado nem sempre imaculado, o Prater foi um parque muito emblemático por juntar pessoas de várias classes sociais – muito incomum nesta época. Famílias inteiras reuniam-se para procurar entretenimento e uma forma de escapismo das suas rotinas. 


No caminho até ao parque, atravessamos um parque verde maravilhoso e que, com a luz do sol, ficou encantador. Ao chegarem, existem duas diversões muito emblemáticas que podem visitar. 

O ex-libris do parque é a roda gigante, em funcionamento desde 1897. É um símbolo da cidade e quase que sobrevivia às duas Grandes Guerras, mas durante a II Guerra Mundial, uma grande parte foi bombardeada e destruída. Apenas 15 cabines das 30 que compunham a roda gigante original sobreviveram. 

No interior de uma das cabines, podem jantar num restaurante que começou por ser inventado para o filme 007 – The Living Delights, mas que acabou por fazer tanto sucesso que se manteve até hoje. 


Em Prater, também vão encontrar a Prater Tower, o carrossel de baloiço mais alto do mundo e que oferece uma vista 360º sobre Viena. 



Para além de espaços de comida de rua, diversões para todos os gostos (e intensidades), um Madame Tussauds e um restaurante dentro de uma montanha russa – que não experimentámos porque as reviews da comida não eram as melhores – não faltam, claro, as montanhas russas, uma delas bem original, onde vamos deitadas. Nunca tinha ido a nada igual e a experiência foi incrível. Encontram também algumas casas assombradas, uma delas com percurso pedestre, que era bastante típico nos anos 80 mas que depois caiu em desuso pelo uso de carrinhos. 



Os preços comparados com as nossas habituais feiras populares são, como é expectável, mais elevados, mas pelo passeio e escolhendo bem as diversões, acho que será uma tarde ou noite muito bem passadas. A sua estética muito retro e cinematográfica transportam-nos para um imaginário de outros tempos que, acredito, vão adorar.

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