Die Kaiserin

Descobri a Princesa Sissi da forma mais inocente e simples possível: através de uns desenhos animados muito populares nos anos 90-00 e que adorava assistir em criança. Mais crescida, compreendi que a história de Sissi – Imperatriz e não Princesa – era um pouco menos cor-de-rosa e bem mais triste, mas intrigava-me que, no meio da enorme obsessão pela história da Princesa Diana – e com a história de Sissi igualmente trágica e rica – não existisse nenhum investimento em conta-la. Eis que a Netflix tentou. 

Die Kaiserin é uma série (ainda sem conclusões se terá direito a uma 2ª temporada) que conta, precisamente, a história daquela que é a Imperatriz mais famosa da Áustria, um símbolo não só neste país, mas em vários da Europa pela sua influência e por ter entrado no seio dos Habsburgos, uma das famílias imperiais mais poderosas e significativas da Europa (falarei mais sobre este tema quando viajarmos juntos para a Áustria!). 

Embora eu não ache que a série esteja particularmente fiel à realidade – há excessos que não acredito que fossem reproduzíveis naquela época e o irmão do Imperador não era uma figura tão declaradamente antagónica ou sequer presente com aquela regularidade toda – Die Kaiserin entreteve-me, surpreendeu-me pela positiva com um elenco que falava alemão e transportou-me para o universo da Imperatriz que não queria ser dona de nada. 

Os figurinos são extraordinários, a história é envolvente e, honestamente, é uma lufada de ar fresco acompanhar outras histórias reais que não (e sempre) a da Família Real Britânica. Está longe de estar perfeita, mas deixou-me investida e preparada para uma 2ª temporada – porque se a Netflix quiser, somos duas a querer.