LIVROS | Miss You


Tess e Gus foram feitos um para o outro; as suas experiências complementam-se, o sentido de humor é compatível, a empatia é total. Se existissem almas gémeas, eles seriam a prova. O que falha? Eles não sabem da existência um do outro.

Miss You é a representação mais bonita da música ‘invisible string’. Com capítulos que intercalam os pontos de vista de Tess e Gus, percebemos, de imediato, que as suas circunstâncias não podiam estar mais distantes: Tess é uma jovem que vê o seu futuro abdicado para cuidar da família depois do diagnóstico terminal da mãe, e Gus é um rapaz relativamente privilegiado que quer cumprir a previsível carreira de estudar e ser médico. 

Devo confessar que, embora não tenha terminado o livro com a sensação de que era um estrondoso sucesso – e que muitas partes me tenham irritado e aborrecido – gostei até ao final desta experiência porque… é a vida! Imprevisível e inesperada, que faz com que as pessoas certas se cruzem ou que vivam eternamente em paralelo, sem nunca imaginarem que o cordão invisível as ligava. 

Miss You desenvolve bem a sua premissa, sem nos deixar com a sensação de que promete mais do que cumpre. As personagens são imperfeitas, incongruentes e repletas de decisões questionáveis, mas têm uma certa dose de realismo e humanidade dentro delas que nos fazem torcer, do início ao fim, para que se apercebam da informação privilegiada que já temos do nosso lado: elas estão destinadas. Só têm de escolher os caminhos certos para se cruzarem.

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Bertrand

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