EVENTOS || The World of Hans Zimmer


The World of Hans Zimmer arrancou em 2018, na Alemanha — terra mãe do compositor —, e passou por Lisboa, em Abril. Estava conformada que o meu caminho não se tinha cruzado com o de Hans Zimmer — cujos bilhetes voaram! — quando dei de caras com o anúncio do lançamento de uma data extra, em Dezembro. Não precisava de mais sinais — e não me permiti a pensar duas vezes: comprei com oito meses de antecedência.

Casa cheia — esgotada, uma vez mais! — no Meo Arena para fazer parte desta tour estrondosa que terminou na nossa capital. Conduzida por Gavin Greenaway — o Maestro que conduziu quase todas as produções do compositor alemão — e com a direção e curadoria de Hans Zimmer, fomos agraciados pela orquestra bielorrussa de Bolshoi e pela equipa de músicos de eleição de Hans Zimmer. Foram estes últimos que protagonizaram os solos dos mais variados instrumentos — começando na flauta, terminando no violoncelo.

Hans Zimmer tem marcado a sonoridade do cinema e sou fã incondicional desde miúda. O seu trabalho tem feito parte dos mais variados projetos, desde os mais ambiciosos e memoráveis, como ‘Rei Leão’, ‘Interstellar’, ‘O Código Da Vinci’ ou ‘Inception’ aos mais inesperados e divertidos, como ‘The Holiday’, ‘Piratas das Caraíbas’ e ‘O Panda Kung Fu’. Nenhuma das suas composições é preparada ao acaso. Cada uma tem uma história e significado importantes na sua carreira e na própria obra que sonorizou. Esses detalhes são partilhados durante o concerto, numa curta entrevista gravada, dirigida por Hans Zimmer com os seus amigos e colegas que fizeram parte dos filmes que constam nesta celebração.

Magistral será dizer pouco, especialmente para quem adora música instrumental — como eu, mas isso não é novidade para vocês. Não faltaram os grandes êxitos — embora eu tivesse trocado ‘Madagáscar’ por ‘Interstellar’ sem remorsos, uma vez que foi um dos seus trabalhos mais extraordinários e que nem uma música figurou — e as projeções visuais dos filmes atrás da orquestra deram força, contexto e beleza às músicas que foram passando e encantando o público. Cada uma delas deslumbrou-me mas dou o merecido destaque às músicas que mais me emocionaram: ‘Rush Suite’, ‘Spirit Suite’, ‘Oogway Ascends’, ‘The Lion King Suite’, ‘Time’ e ‘Pirates of Caribbean Suite’.

No total, o programa ficou completo com 22 músicas numa noite que não só celebrou o talento de Hans Zimmer como reforçou a importância da música no cinema: mesmo que não sejam ávidos ouvintes de música instrumental, é inegável que muitas destas aclamadas obras não seriam tão memoráveis, emocionantes ou competentes se não tivessem uma extraordinária banda sonora a acompanhar.

Para quem terminou este artigo com o coração apertadinho — como eu fiquei, em Abril — trago duas notícias boas para vos deixar mais animados; a primeira é que todo este concerto já foi gravado ao vivo e está disponível no Spotify para ouvirem — embora a orquestra seja a de Viena e, confesso, gostei mais da prestação da orquestra de Bolshoi. A segunda é que o compositor já tem uma nova tour preparada — e esta já é presencial — e com bilhetes à venda. Ainda não há informação de que passe por Portugal mas não imagino nada melhor do que programarem uma escapadela por uma capital europeia e que culminem a viagem com um concerto deste compositor soberbo. Se tiverem oportunidade, vale cada cêntimo. Estou feliz por ter tido o privilégio de ouvir estas obras de sempre ao vivo.

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