Run Boy Run conta a história verídica de Srulik, uma criança de 8 anos polaca e judia que foge de um gueto de Varsóvia e tenta sobreviver sozinho, durante três anos, na Polónia ocupada pelos Nazis. Para trás deixa a sua família, as suas memórias e as suas raízes e crenças.
Poderia correr o risco de ser só mais um filme sobre uma temática que está longe de ser original mas que eu julgo que se pode destacar por alguns elementos muito interessantes como o facto de ser uma história real — o que nos deixa ainda mais fascinados e horrorizados —, os diálogos serem nas línguas originais e as próprias peripécias da história serem contadas sem paninhos quentes. É um filme pelo qual sentimos empatia desde o início e não descolamos o olhar do ecrã para sabermos como é que ele supera cada adversidade e perigo. Espelha muito bem — e à semelhança de grande parte das produções que seguem este tema — o que de pior e melhor somos capazes de fazer enquanto Humanidade.
Poderia correr o risco de ser só mais um filme sobre uma temática que está longe de ser original mas que eu julgo que se pode destacar por alguns elementos muito interessantes como o facto de ser uma história real — o que nos deixa ainda mais fascinados e horrorizados —, os diálogos serem nas línguas originais e as próprias peripécias da história serem contadas sem paninhos quentes. É um filme pelo qual sentimos empatia desde o início e não descolamos o olhar do ecrã para sabermos como é que ele supera cada adversidade e perigo. Espelha muito bem — e à semelhança de grande parte das produções que seguem este tema — o que de pior e melhor somos capazes de fazer enquanto Humanidade.
Agosto marcou o meu regresso ao cinema — e quantas saudades eu tinha! — para ver esta produção extraordinária no grande ecrã. O mais recente filme do Tarantino passa-se em 1969 e tem como estrelas principais a dupla mais carismática de sempre: Brad Pitt e Leonardo DiCaprio. Ambos protagonizam dois atores que tinham estado na ribalta há uns anos e que caíram no esquecimento e fracasso. Ambos procuram recuperar a fama e o reconhecimento que sentem que perderam.
Embora esta pareça uma premissa simples (até demais), relembro que estamos a falar de um Tarantino e que a verdadeira história que ele procura (re)contar é a de Sharon Tate. Não foi uma produção com crítica consensual; muitos não compreenderam o protagonismo das duas personagens masculinas ao invés da discreta participação de Margot Robbie e, sem conhecerem a história de uma das mais acarinhadas e bonitas estrelas de Hollywood, é possível que não entendam nem o alinhamento da história nem o seu desfecho. É um filme que exige trabalho de casa antes de nos sentarmos na grande sala com um balde de pipocas no colo. Pessoalmente, adorei e embora não seja o meu filme preferido do Tarantino, é evidente que foi um trabalho que lhe deu gozo a realizar e que não se preocupou em tornar o seu projeto em algo mais balizado e popular. Os elementos Tarantinescos estão todos lá: diálogos catchy, cenas de pancadaria sanguinolentas e twists.
Embora esta pareça uma premissa simples (até demais), relembro que estamos a falar de um Tarantino e que a verdadeira história que ele procura (re)contar é a de Sharon Tate. Não foi uma produção com crítica consensual; muitos não compreenderam o protagonismo das duas personagens masculinas ao invés da discreta participação de Margot Robbie e, sem conhecerem a história de uma das mais acarinhadas e bonitas estrelas de Hollywood, é possível que não entendam nem o alinhamento da história nem o seu desfecho. É um filme que exige trabalho de casa antes de nos sentarmos na grande sala com um balde de pipocas no colo. Pessoalmente, adorei e embora não seja o meu filme preferido do Tarantino, é evidente que foi um trabalho que lhe deu gozo a realizar e que não se preocupou em tornar o seu projeto em algo mais balizado e popular. Os elementos Tarantinescos estão todos lá: diálogos catchy, cenas de pancadaria sanguinolentas e twists.
Depois de ter lido o livro e de ter ficado completamente rendida, fiz questão de assistir à adaptação cinematográfica que me deixou com sensações paradoxais. Não me vou alongar muito no resumo da história porque podem ler na minha opinião sobre o livro. Em imensos aspetos, o filme está muito fiel ao livro e isso agradava-me. Diálogos, pormenores que a câmara foca e que eu apreciei que fossem valorizados e composição dos cenários e das personagens secundárias. Quase compensava o acting fraquinho dos atores — que não me convenceu muito. Porém, as cunhas próprias do filme são incompreensíveis e inconvenientes. Não se trata de uma reinterpretação livre da história: há alteração de detalhes importantes que eu considero essenciais porque dignifica ainda mais a mensagem urgente que o livro procura passar (e como está no trailer, eu acho que não é spoiler em dizer: ele não segurou na escova. Ela estava arrumada). Não compreendi a necessidade porque o livro é objetivo e visual o suficiente para a recriação ser possível (especialmente porque o fizeram em outras cenas da produção). Por todos estes fatores, terminei com a sensação de que o filme tinha um potencial tremendo mas que não chegou lá (nem perto). The Hate U Give manifesta-se como um filme jovem e inovador mas que teria de pedalar muito mais para conseguir chegar ao valor da obra literária. Embora eu saiba que mais facilmente carregam no play do que pegam no livro, eu recomendo muito que façam o último para não serem induzidos em erro e para desfrutarem de uma experiência muito mais enriquecedora.
Já assistiram a algum destes filmes? Ficaram com curiosidade?
Desses filmes, apenas vi o "Era uma vez em Hollywood" e a minha opinião foi muito semelhante à tua! Embora não seja um filme consensual e exija algum trabalho de casa, gostei muito :)
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