FILMES || Junho • 2019


Os animais de estimação mais estouvados de sempre estão de volta! Já tinha ficado rendida ao primeiro filme — que achei giríssimo — e o segundo não foi exceção. Neste novo capítulo, três histórias distintas desenvolvem-se com algumas das personagens que mais nos conquistaram no primeiro filme, sendo que a minha preferida — e a que achei mais interessante — foi a aventura de Max e da sua ansiedade com o controlo e a proteção. Os filmes de animação são inteligentes quando conseguem entreter os miúdos e enviar mensagens urgentes para os graúdos, e fizeram-no na perfeição. A temática é atual, cada vez mais recorrente e foi muito interessante terem pegado neste assunto tão particular. Por vezes, quando queremos proteger demais, sortimos o efeito contrário. Gostei mais da sequela, o que é de espantar, portanto, recomendo muito que assistam!

Confesso: assisti a este filme com as expectativas no topo. Depois do filmaço que foi Get Out, esperava o mesmo brilhantismo na apresentação de Us. Este filme conta a história de uma mulher com um trauma de infância que aconteceu numa praia em particular. Desde então, essa memória assombra-a e ela nunca mais lá voltou. Porém, numas férias de família, o regresso tornou-se inevitável e um encontro inusitado transforma um momento de tranquilidade num autêntico pesadelo Dantesco. Acho que foi precisamente por isso que não apreciei. A elegância e subtileza presentes em Get Out não se refletiram muito em Us — e sei que um filme não tem de refletir o outro mas sinto que a produção tem tantos elementos em comum que é inevitável. Não fiquei arrebatada pelo plot twist porque só consigo apreciar um bom plot twist quando a verdade sempre esteve à vista sem que nela reparássemos. Não acho que fosse este o caso, simplesmente libertaram a informação bombástica. Globalmente, foi um terror psicológico que não me cativou e do qual saí um pouco desconsolada, admito.

Assisti a esta comédia romântica num fim de semana despreocupado porque achei piada à sinopse. Uma história de amor inusitada entre um vendedor de produtos farmacêuticos e uma jovem diagnosticada com Parkinson precoce. O filme não dramatiza demasiado a doença e acho que, no meio de toda a história de amor lamechas e típica de uma comédia romântica — que, reconheço, não prestei muita atenção —, encaixam momentos verdadeiramente fantásticos sobre lidar com uma doença sem cura e que retira, sem piedade, a qualidade de vida do portador e dos seus entes queridos. Gostei da abordagem sincera e real a uma doença que pouco tem de romântica mas que, de alguma forma, conseguiu ser bem homenageada numa comédia fraquinha. Super valeu a pena por isso.

Definitivamente o filme de Junho. Devo confessar que os live-actions da Disney não estavam a ser arrebatadores — eram giros, eram bons, mas faltava sempre qualquer coisa, concordam? — e que a minha vontade de ver Aladdin não estava propriamente nos picos. Além disso, nem sequer é o meu filme preferido da Disney, portanto, simplesmente fui assisti-lo ao cinema para fazer o miúdo feliz e aproveitar um momento de primos. E estava tão enganada...!
O filme está extraordinário. Fiel o suficiente ao original para catalisar a nostalgia em nós mas com elementos originais que trazem uma certa frescura a uma história que já bem conhecemos. Neste Aladdin, temos uma princesa com mais auto-afirmação — e que, certamente, irá inspirar muitas meninas — um Jafar rejuvenescido, uma fotografia de cortar a respiração, músicas originais que nos convencem e os clássicos de sempre que cantarolamos baixinho. O polémico génio, inicialmente debochado nas redes sociais pelo seu tom azul pouco convincente, conseguiu conquistar-nos a todos; interpretado por Will Smith, fez um retrato fiel da personagem, homenageando o papel meritoriamente associado a Robbin Williams. Como ainda está no grande ecrã, recomendo imenso que façam um programa com a vossa companhia Disney preferida e que o assistam no cinema. Vale muito a pena. Assim, sim, Disney!

Já assistiram a algum destes filmes? Qual foi a vossa opinião?

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