Este sábado, o meu último Afilhado celebra a sua consagração como Finalista, de pasta pronta e Fitas a postos. É, por isso, também a minha última cerimónia, a que definitivamente encerra as minhas funções oficiais enquanto Madrinha e o término da minha última ligação académica.
É provável que ele não se aperceba do quanto é um momento emotivo para mim — o que faz todo o sentido, visto que é o momento dele, não meu — mas não posso deixar de pensar em como o tempo voou. Quando o Rui se sentou na minha capa, em 2015, eu tinha muito medo de falhar, especialmente porque era o meu ano de Finalista e isso significava que não o ia poder acompanhar tão de perto academicamente. Aceitei-o porque o meu Padrinho fez o mesmo comigo: era a sua última Afilhada e a minha carta foi irresistível. Senti o mesmo que ele sentiu e acolhi o Boss AC com a determinação de que ia estar o mais presente possível. Acho que levei tão a sério a tarefa que este acolhimento académico maternal resultou numa amizade gigante.
Ele era um simples caloiro na minha Bênção e perdi a conta das vezes em que, de lágrimas nos olhos, lhe disse 'ri-te agora, num piscar de olhos estás tu deste lado'. Escusado será dizer que as Madrinhas têm sempre (SEMPRE!!!) razão e lá vai ele encerrar a sua etapa académica, depois de me ter enchido de orgulho, depois de lhe terem passado a Presidência, depois de 4 anos de investimento.
A saudade académica desinflama à medida que os anos passam e cada vez mais concordo com a minha decisão de ter deixado definitivamente tudo e de não ter perpetuado uma etapa que já não fazia sentido na minha vida — embora tenha sido uma das mais especiais. Irei para a sua Bênção com a sensação de dever cumprido, observando-o de capa negra — como eu fui — sabendo que a minha está sempre nos seus ombros. Mesmo não estando fisicamente. É o fechar de etapa para ele e para mim, que me deixa sempre com uma lagrimita no olho — à qual ele já está mais do que habituado — mas com aquele sorriso de missão cumprida que só uma Madrinha que sabe que tudo fez e tudo deu pode ter. Parabéns, coração.
Que publicação tão amorosa, Inês!
ResponderEliminarFui madrinha este ano e vê-los vestidos de negro já me deixou o coração quentinho, nem quero imaginar quando for a sua benção... E a verdade é que o tempo passa mesmo a correr :)
Beijinhos