Foi o Centro Português de Fotografia, no Porto, que recebeu uma das mais exclusivas coleções relacionadas com uma das pintoras mais emblemáticas do mundo, Frida Kahlo: fotografias. Não deixa de ser inovador e refrescante — à semelhança de Frida — que exploremos uma exposição da pintora que nada tem a ver com a 3ª arte.
A exposição, dividida em três salas, revela alguns dos tesouros mais bem protegidos por Diego Rivera, marido de Frida Kahlo. Após a morte da pintora, Diego Rivera guardou alguns dos bens de Frida, deixando os restantes disponíveis para o público, que podem ser encontrados no Museu Frida Kahlo, no México. Este arquivo fotográfico permaneceu protegido e desconhecido durante 50 anos e, agora, esteve disponível para conhecermos os registos de várias figuras importantes no universo de Frida: os seus pais (o pai era fotógrafo), fotografias em criança e com as suas irmãs, Diego Rivera, os amantes de Frida e amantes de Rivera, os eventos em que compareceu e foi fotografada, revelando um contraste soberbo em relação às mulheres que acompanhava: enquanto todas elas ostentam vestidos charmosos, cabelos arranjados, pérolas e maquilhagem, Frida mantém-se fiel aos seus gostos e raízes e apresenta lindos vestidos ornamentados e de estilo mexicano, as suas flores e tranças, e a característica monocelha.
O espólio é variado e interessante, mas sem dúvida que o documentário transmitido numa das salas enriqueceu a visita. Confesso que as salas de transmissão de vídeos despertam pouco o meu interesse nos museus, em geral, mas a guia indicou-nos que o documentário estava prestes a começar e aproveitámos. É longo — cerca de meia hora, quarenta minutos — mas muito interessante e que acrescenta à visita. Recomendo que assistam primeiro ao documentário e depois passeiem os olhos pelas fotografias. Aprecio olhar para uma fotografia e conseguir encontrar história e informação. O documentário permite-o.
Frida Kahlo: As Suas Fotografias, instalou-se no Porto desde Julho e terminou no passado Domingo. Costumo dizer que Frida Kahlo, em relação a Portugal, é como um cometa: passa por nós de mil em mil anos. As suas exposições são raras e um autentico fenómeno, cada vez que cá vêm, pelo que não quis deixar passar esta oportunidade. Se chegar a regressar, não arrisquem deixar para a última e conheçam um pouco melhor uma das pintoras mais intimistas e genuínas da História.
Gostei tanto desta exposição! Espero que tragam uma exposição com os quadros um dia :)
ResponderEliminarNão acredito que deixei mesmo escapar esta exposição. Estava na minha lista de coisas a fazer e não fiz, depois disto fiquei destroçada por não ver, mas feliz por teres vivenciado essa exposição.
ResponderEliminarComo sabes, também tive conhecimento desta exposição, mas por motivos maiores não pude comparecer, o que me deixou com uma certa pena, pois gostava mesmo de ter tido esta oportunidade!
ResponderEliminarCertamente, aparecerão outras (espero eu...)!