Na passada sexta-feira, encontrava-me no Altice Arena, aos pulos de alegria e aguardando um dos concertos que mais sonhava em assistir: The Script. A banda já conta com oito presenças em Portugal e em nenhuma eu consegui conciliar as datas para assistir. Desta vez, a sorte e a oportunidade estiveram do meu lado e fiz questão de não as desperdiçar!
Com o Altice Arena cortado ao meio, julgo que este foi um dos concertos mais pequenos que a banda já deu — calculo que apenas comparável com os primeiros concertos — e, pessoalmente, adorei. Garantiu uma aproximação ao palco sem esforços nem encontrões e uma dinâmica de concerto mais familiar e menos megalómana.
Deixo-vos desde já um aviso de que qualquer review que leiam sobre este concerto e que apenas inclua a prestação de The Script, será uma review absurdamente injusta. A banda trouxe consigo Ella Eyre, que abriu todos os concertos da tour e aqueceu um público ansioso por cantar e dançar. A cantora trouxe para o palco energia e uma humildade sem precedentes que apenas elevou a nossa empatia por ela — Ella sabia perfeitamente que o público aguardava pela banda e que a probabilidade de a conhecerem ou de acompanharem o seu reportório era improvável, questão que contornou com uma simpatia maravilhosa, com interacções muito inteligentes e com um vozeirão extraordinário. Eu já a conhecia, mas apenas de features e não trabalhos originais da própria. A qualidade da voz ao vivo fez-me dar a mão à palmatória e prometer explorar melhor os trabalhos da cantora — e recomendo-vos tanto que façam o mesmo!
E os mais aguardados da noite? Foram memoráveis. Uma das coisas que mais aprecio em concertos é assistir a artistas que verdadeiramente interagem com o público e se sentem felizes por ali estar. Não precisamos de sorrisos amarelos, que nos digam que este foi o melhor concerto das suas vidas, que afirmem que somos o melhor público do mundo ou que partilhem algumas palavras em português só para os fãs delirarem. Importa é que comuniquem, entretenham e dinamizem, à sua maneira! Afinal de contas, eu vim para um espectáculo!
Finalmente pude concordar com todas as opiniões felizes que, ao longo dos anos, foram partilhando comigo acerca dos concertos de The Script; não param quietos, procuram animar o seu público, são muito humildes e, no fundo, só querem cantar as canções das suas vidas com pessoas que cantam o refrão a plenos pulmões e de olhos fechados.
Com muita conversa — da parte de todos os elementos integrantes da banda —, memórias, uma energia inesgotável, passeios de barco, visitas surpresa aos balcões, selfies enquanto cantavam, entradas brutais de Mark Sheehan (o guitarrista) e uma vontade imensa de quebrarem as barreiras entre o palco e o público, The Script encantou-me e presenteou-me com as novidades mais recentes e com os clássicos de sempre, que adoro há uma década. Ficaram por cantar Science & Faith e Six Degrees of Separation, duas das minhas músicas preferidas mas que já calculava que não iriam marcar presença na setlist.
Acho que um dos temas que sinto que exteriorizo pior no meu blog é a música. Acho que não descobri ainda como passar o que verdadeiramente a música significa para mim e o quanto me move. Concertos não são excepção, e quando são dos meus artistas preferidos, ainda mais emocionantes se tornam. Terminei este espectáculo com os olhos aguados, dores nas bochechas de tanto sorrir, corada de tanto pular, com a voz acabada e uma electricidade que só sentimos quando algo verdadeiramente feliz e marcante acontece na nossa vida. E foi precisamente isto que desejava, quando adquiri o meu bilhete. Nada mais há a fazer que não agradecer um dos melhores concertos da minha vida (já dá para fazer um TOP) e recordar todos os momentos com carinho. Ouvir as suas músicas, a partir de agora, vai ter um sabor ainda mais especial. Esperei muitos anos mas valeu cada espera. Não trocava este concerto por nada.
Já é o terceiro concerto deles a que vou e este, sinceramente, foi o melhor! Eles são cada vez mais espetaculares. A interação com o público foi fantástica e concordo contigo em relação à Ella.
ResponderEliminarEstava ansiosamente à espera da tua publicação porque sabia que ias estar muito feliz e adorei ler-te! Foi a primeira vez que fui a um concerto sozinha e não podia ter escolhido melhor banda para isso. Saí do Altice Arena feliz, sem voz e com a certeza de que valeu a pena contrariar-me e sair de casa para ir, já que não tinha vontade de sair na sexta.
Também foste?? Podias ter mandado mensagem, dividíamos juntas este momento! <3
EliminarLembrei-me que também ias mas tive vergonha, e achei que ias acompanhada e pronto... juro que esta resposta me aqueceu o coração <3
EliminarÓ, Inn, pelo contrário, acho que és das pessoas que expressa melhor o quanto a música significa para os nossos corações, é através das tuas palavras que eu imerjo num concerto a que nem fui. Escreves de forma maravilhosa, principalmente, sobre o que te move de forma tão intensa.
ResponderEliminarA Six Degrees of Separation também é das minhas favoritas, talvez a toquem no próximo concerto a que fores! :)
Gostei imenso de ler!! Podes não sentir que transmites mas transmites!! Pelo menos a mim fizeste-me sorrir em certos momentos da tua escrita. Fizeste-me imaginar-te no concerto a fazer tudo o que em cima referiste!!
ResponderEliminarPessoalmente, não conheço muito o trabalho dos The Scipt a não ser as músicas mais conhecidas. Mas vou já mudar essa situação! :)
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Também fui ao concerto e foi tudo tal e qual como dizes!! Também foi o primeiro concerto deles a que consegui ir, a Ella aqueceu-nos logo com aquela voz e toda aquela energia! E eles... mega interação com o público, não houve música que não cantasse a plenos pulmões! Também me faltaram essas duas, mas o concerto foi tão fantástico que ainda fui para casa a cantarolar :)
ResponderEliminarUm grande beijinho, desta rapariga que de vez em quando se lembra de espreitar o teu blog e se apercebe que ainda há bastantes pessoas em Portugal a escrever e expressar-se tão bem