Cada vez mais sei que sou uma pessoa que arranja pretextos para me reunir com as minhas pessoas. Todos vamos seguindo os nossos caminhos, fazendo as nossas escolhas e o que antes era uma rotina diária e que permitiu que construíssemos um laço, hoje em dia, já não existe. Cada um tem a sua rotina em separado e já não nos vemos todas as manhãs/finais de dia. Por isso mesmo é que, cada vez mais, tudo para mim é pretexto para reunir; o exame que correu bem e que devíamos lanchar para celebrar, a visita de fuga ao lugar x onde uma amiga nossa está e que é perfeito para um almoço, o final da semana cujas possibilidades de encontro são infinitas, o concerto que todos queremos ver e os aniversários. Quanto mais cresço e envelheço, mais me apercebo da importância de usarmos os aniversários para reunirmos as nossas pessoas numa só mesa, a brindarmos à vida.
Admito que, durante muitos anos, descurei esta parte da festa. Acredito que a principal razão tenha sido o facto de os meus amigos estarem todos reunidos num só espaço/cidade, portanto, eu já os encontrava a todos, sem falta, no meu aniversário, o que fazia com que a minha vontade de organizar jantares fosse menos acesa — eu nunca gostei de organizar jantares nem aniversários, confesso. Mas apenas da parte dos preparativos, já do jantar/festa em si eu adoro —. Agora, faz todo o sentido para mim.
Foi assim que passámos a noite de sábado; entre fatias de pizza, hambúrgueres e bebidas frescas, houve espaço para os abraços carregados de saudade, para contarmos as novidades, para sorrisos genuínos. Eu costumo dizer que sabemos que uma refeição em grupo corre bem quando estamos constantemente a mudar de lugares para chegarmos mais perto de pessoas diferentes e vivermos conversas distintas. E é assim que eu gosto de ver um jantar de aniversário, com pessoas que têm um bom coração, personalidades distintas, histórias de vida completamente diferentes mas que encontram sempre elos comuns para se ligarem, interagirem e conviverem. As horas passam, as conversas cruzam-se — tal como os lugares — e os momentos ficam mais doces do que todas as sobremesas do restaurante juntas. No final, há sempre oportunidade para apanhar a amiga que trabalha fora de horas e apenas divertir-nos e libertarmos o cansaço do dia dançando como se ninguém nos estivesse a ver.
O melhor é matar as saudades. É saber as novidades. Num mundo cada vez mais imediato, é fácil — e óptimo! — estarmos à distância de uma mensagem, de um Whatsapp. Podemos ser mais próximos respondendo a Stories de coisas que estão a acontecer, no momento. Podemos ver os rostos uns dos outros em fotografias bonitas ou caretas privadas. Podemos ligar-nos uns aos outros e perder noção do tempo a conversar enquanto fazemos múltiplas tarefas. Mas não há nada que me dê mais prazer do que abraçar os meus amigos e de saber as novidades ali, no momento, enquanto acompanho as suas expressões espontâneas, o brilho no olhar e podemos interagir ali, juntos. O pretexto para encurtar as distâncias que deixam os nossos corações mais apertados são as melhores razões para boas notícias acontecerem e velas se acenderem — ano após ano —. Há poucos prazeres na vida melhores do que brindarmos com quem adoramos.
Admito que, durante muitos anos, descurei esta parte da festa. Acredito que a principal razão tenha sido o facto de os meus amigos estarem todos reunidos num só espaço/cidade, portanto, eu já os encontrava a todos, sem falta, no meu aniversário, o que fazia com que a minha vontade de organizar jantares fosse menos acesa — eu nunca gostei de organizar jantares nem aniversários, confesso. Mas apenas da parte dos preparativos, já do jantar/festa em si eu adoro —. Agora, faz todo o sentido para mim.
Foi assim que passámos a noite de sábado; entre fatias de pizza, hambúrgueres e bebidas frescas, houve espaço para os abraços carregados de saudade, para contarmos as novidades, para sorrisos genuínos. Eu costumo dizer que sabemos que uma refeição em grupo corre bem quando estamos constantemente a mudar de lugares para chegarmos mais perto de pessoas diferentes e vivermos conversas distintas. E é assim que eu gosto de ver um jantar de aniversário, com pessoas que têm um bom coração, personalidades distintas, histórias de vida completamente diferentes mas que encontram sempre elos comuns para se ligarem, interagirem e conviverem. As horas passam, as conversas cruzam-se — tal como os lugares — e os momentos ficam mais doces do que todas as sobremesas do restaurante juntas. No final, há sempre oportunidade para apanhar a amiga que trabalha fora de horas e apenas divertir-nos e libertarmos o cansaço do dia dançando como se ninguém nos estivesse a ver.
O melhor é matar as saudades. É saber as novidades. Num mundo cada vez mais imediato, é fácil — e óptimo! — estarmos à distância de uma mensagem, de um Whatsapp. Podemos ser mais próximos respondendo a Stories de coisas que estão a acontecer, no momento. Podemos ver os rostos uns dos outros em fotografias bonitas ou caretas privadas. Podemos ligar-nos uns aos outros e perder noção do tempo a conversar enquanto fazemos múltiplas tarefas. Mas não há nada que me dê mais prazer do que abraçar os meus amigos e de saber as novidades ali, no momento, enquanto acompanho as suas expressões espontâneas, o brilho no olhar e podemos interagir ali, juntos. O pretexto para encurtar as distâncias que deixam os nossos corações mais apertados são as melhores razões para boas notícias acontecerem e velas se acenderem — ano após ano —. Há poucos prazeres na vida melhores do que brindarmos com quem adoramos.
Inn, como percebo tudo o que escreves aqui e como é doce lê-lo vindo de ti!
ResponderEliminarTambém eu e os meus amigos temos rotinas diferentes e vemos todas as oportunidades como a certa para estarmos juntos.
Por muitos meios electrónicos que haja - e um bem haja a estes! -, não há nada como o abraço que já me dão quando os cumprimentam, por saberem que gosto de lhes dizer olá no aconchego de um abraço, não há nada como a gargalhada sincera e presencial às parvoíces que criamos juntos, não há nada como o olhar compreensivo e dedicado quando desabafamos uns com os outros, não há nada como o toque só em jeito de «eu estou aqui», não há nada como vê-los a cada um e capturar infinitos frames das suas caras, expressões, gestos, palavras.
Um brinde aos teus, por te fazerem feliz e tornarem cada momento único.
Um brinde aos meus, porque são os melhores do meu mundo.
Um brinde aos de todos, pois, toda a gente será mais feliz se os tiver.
Por último, um brinde à amizade, um dos sentimentos mais bonitos aos meus olhos!
Revejo-me imenso no que partilhaste pois acontece comigo e de certeza que acontece com todas as pessoas.
ResponderEliminarJá desde os tempos de faculdade que eu e o meu grupo de amigas nos distanciamos mas, a seu tempo, voltámos a aproximar-nos com a ajuda das redes sociais e com uma boa gestão de tempo aos fins de semana. Sempre que estamos todos em Viseu, toca a juntar-nos. Mesmo que não estejamos todos, os que estão tentam sempre marcar alguma coisa durante a semana ou à sexta ou sábado à noite.
Felizmente o messenger vai ajudando na distância e há alturas em que estamos todos online sem ter combinado e ficamos imenso tempo a partilhar o que nos aconteceu durante o dia. E é tão bom!
Que maravilha de post, Inês! E sinto cada palavra como se fosse minha :) um dos meus grupos do coração ficou fechado no final do 9º ano e desde então a nossa vida deu mil voltas. Mas os aniversários são encontro obrigatório, e que bons que são! As conversas, as brincadeiras, o amor e até as birras, são todas iguais e sabe tão bem perceber isso. E viva as redes sociais, mas não há rede melhor do que uma boa mesa!
ResponderEliminarDescreveste tão bem aquilo que penso das reuniões amigas!! Exetuando o facto de nunca teres gostado de organizar festas até então, pois, ao contrário de ti, sempre fui adepta disso, entendo perfeitamente a maneira como o teu coração palpita só de imaginar o que é moldar um sentimento num abraço! Para mim, todas as ocasiões são de igual modo uma desculpa para me encontrar com os meus, por muito estranho que possa parecer para muitos. Gosto de demonstrar o meu amor e apreço pela sua existência, e nem sabes o quão feliz fico por saber que, também tu, tens a oportunidade e a sorte de teres pessoas que te amam, incondicionalmente!
ResponderEliminarBeijinho grande,
novo blogue: "IMPERIUM"