DAILY || "Vamos ver as luzinhas?"

Este ano pensei que não iria ver ao vivo as luzes de Natal por Lisboa. Julguei que o tempo não estaria a meu favor e que talvez as conseguisse espreitar lá para Janeiro. Eis senão quando consegui um espacinho livre nas minhas horas de trabalho e decidi preenchê-lo com as compras de Natal na capital. Lisboa já é mágica e especial vestida por si só. Nunca vai perder o dinamismo urbano em harmonia com o seu ambiente tão romântico e rústico. Mas quando se enche de luzes, é ainda mais encantadora. E permitam-me dizer que uma das melhores coisas do Natal é ver as luzes com quem amamos.

"Vamos ver as luzinhas?" e fomos. A maravilhosa árvore de Natal do Chiado, na sua explosão de cores brilhantes, os edifícios adornados com pequenos piscos cintilantes, as ruas cheias de decorações especiais e árvores de Natal em todos os cantos da cidade. Entramos num lugar mágico em que cada esquina é uma surpresa, é um olhar arregalado para cima, é a boca aberta, indecisa entre o espanto e o fascínio. As mãos dadas e guardadas nos bolsos, para que estejam tão quentinhas como os nossos corações. "Para qual rua viramos? Para a dos laços ou para a das bolinhas?" e, de repente, somos miúdos. E nada tão simples como luzinhas poderia trazer tanta alegria nos nossos corações.

A árvore do Terreiro do Paço, que podemos ver por dentro. Os edifícios com fachadas deslumbrantes, numa cascata de luzes. Não parece real, e é por isso que é tão bom e especial. Lisboa enverga um vestido brilhante de gala e faz-nos sair à rua com frio na ponta do nariz, faz-nos sorrir e sair vapor da boca, faz-nos andar aos pulos e às cavalitas como se todos os minutos fossem véspera de Natal.

Eu adoro luzinhas de Natal. E adoro dividi-las com ele. Foi o nosso segundo passeio para ver luzes de Natal e foi tão bom como o primeiro. Os meus olhos brilham a ver decorações de Natal enquanto ele me abraça e dá beijinhos na testa. É isto que me faz amar o Natal; ser tão puro e brilhante como simples piscos de Natal.

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