Eu sou uma pessoa muito científica. O meu raciocínio é muito metódico, muito estruturado para os factos, para as provas, para identidades de credibilidade e para descobertas reais, justas, físicas. Mas se por um lado eu sou alguém que facilmente vêem a discutir algo ou a procurar algo nesse mundo também sou alguém muito ligada à música. À literatura. À arte. À História. À filosofia de simplesmente viver. E sinto que são dois lados que facilmente não combinam mas tornam-me naquilo que sou. Sinto-me mais equilibrada e harmoniosa por ser assim.
Porque nem toda a gente o é. Se dissermos que a arte, a música, o cinema, a História, a literatura, o amor são as melhores razões de se viver e a ciência a essência de estarmos vivos, não serão todos os que compreenderão. Se eu disser que a música é importante para ser viver muitos respondem-me "O que é a descoberta de Marie Curie em relação à radioactividade comparada com a música?" é tudo. Nenhum se sobrepõe ao outro. De que adianta sabermos como viver melhor se não temos razões para viver felizes? De que adianta descobrirmos outros universos se não queremos descobrir o que sentimos por alguém? De que adianta prolongar a longevidade se não há nada por que manter a vida? A música é ciência. É matemática. E a literatura também e a arte igual. Retrata, exprime, descobre, explica. Tal como a ciência. Nua e crua.
Eu tenho uma família de letras. Ninguém de família próxima está em saúde ou ciências. São todos letrados, mas com muita curiosidade para áreas diversas e acho que isso foi essencial. Porque abriu-me a mente e deixou-me apaixonar por coisas que a muita gente passa ao lado. Eu quero descobrir e inventar um mundo melhor mas quero também apreciar esse mundo com uma expressão que nenhuma fórmula no mundo conseguirá inventar: criatividade, identidade, vocação. Inspiração. E acho que estes dois lados de mim, tão opostos e trocados fazem de mim um ser humano não só mais completo mas também mais sensível.
Identifico-me com isto! Sendo eu uma quase-matemática (ai, que quase pequenino!), estou muito ligada às ciências. No entanto, não vivo sem livros, sem ler, sem escrever, imaginar, inventar. Não vivo sem a música. Se a minha vida se resumisse apenas à matemática, à ciência... Acho que acabava por desesperar...
ResponderEliminarTambém sou assim. Sou da área científica, mais propriamente da saúde; gosto de saber mais acerca da minha área e fico fascinada com certas coisas que aprendo e com o modo como certas coisas funcionam (especialmente no que diz respeito ao corpo humano). Mas também tenho o meu lado artístico. Adoro música e adoro ler, e tenho como actividades preferidas desenhar e escrever. Coisas que nada têm a ver com a minha área profissional, é certo. Mas gosto deste equilíbrio. Até porque, na minha opinião, uma pessoa não pode viver apenas para o seu trabalho :P
ResponderEliminarPor isso, se for a pensar qual dos meus hemisférios cerebrais é o dominante, eu nem sei dizer xD Acho que estarão a meias... :P
oh adorei o texto e fez me pensar sobre o assunto....acho que sou um pouco como tu e a combinação dessas características resulta de um balanço que, na minha opinião, proporciona uma maior felicidade eheh
ResponderEliminarjá agora, em que curso estas?
beijinhos <3
http://umacolherdearroz.blogspot.pt/
Está na descrição mesmo ao lado...
EliminarCiências da Nutrição :)
Gostei :)
ResponderEliminarSempre fui mais ligada às letras e às artes e sempre deixei um bocadinho de lado as ciências!
ResponderEliminarTal e qual a mim, Leonor! (:
EliminarPodes fazer um post em jeito de comentário ou opinião sobre a recente polémica do aviso da OMS em relação às carnes vermelhas e à sua relação com o cancro? :)
ResponderEliminarNão há grandes comentários a fazer mas atenção que o teu comentário está muito baralhado. Não se tratam das carnes vermelhas e a sua relação com o cancro mas sim carnes PROCESSADAS. São termos diferentes, neste incluem-se os presuntos, fiambres e bacon, que pela quantidade de aditivos, corantes, conservantes (daí o processado) terem relação com o cancro do colo-retal.
EliminarA carne vermelha é uma "possibilidade" o que significa que pode ser um risco mas que ainda há pouco estudos ou estudos limitados para garantir numa declaração que provoca ou induz cancro. Por isso é que a OMS ainda não emitiu um comunicado semelhante com a carne vermelha mas emitiu para a processada (porque já há estudos suficientes e de diferentes métodos ao longo de diferentes períodos de tempo de que efectivamente pode provocar cancro).
Mas isto não significa que devam deixar de comer o que quer que seja. Serve apenas de alerta a quem come estes alimentos em demasia, até mesmo a carne vermelha. Cortar ou proibir quando se gosta destes alimentos só pelo seu risco não me parece uma solução ideal. Mas reduzir e comer com moderação é essencial, coisa que não se faz actualmente e daí a importância destas declarações. Para alertar e avisar as pessoas e sensibilizá-las. Mas esta conclusão não é nova, não me surpreendeu de todo e passou-me um pouco ao lado, talvez porque já estejamos todos (no nosso curso) carecas de saber isto :)
Eu também tenho uma costela de cada lado e não há muita gente a perceber isso. Sou da área de engenharia, com um gosto enorme pela área da alimentação e saúde, e pelas artes. Gosto de pessoas assim, interessantes!
ResponderEliminarIdentifico-me imenso com esta forma de ver o mundo e de me definir a mim própria. Tanto que quando tive de tomar a decisão sobre que curso iria seguir fiquei muito dividida, mas a área das ciências falou mais alto. No secundário ganhei um novo amor pelas ciências e descobri uma nova forma de ver o mundo. A verdade é que fiquei surpreendida com o quanto o meu mundo mudou, mas o meu amor pela leitura, pela escrita, pela música e pelas artes em geral continua e não sei se não estará maior também. Acho que é uma maneira excelente de viver e estou agradecia por isso, uma vez que conseguimos conciliar o bom de dois mundos.
ResponderEliminarAs Confissões da Andreia
Identifico-me tanto com isto... Tanto, tanto, tanto... :D O texto está delicioso!
ResponderEliminarBeijinho*