PASSAPORTE || As minhas 8 regras de ouro


À medida que vamos viajando, milhões de coisas nos acontecem; Ou vamos com uma companhia sábia que nos vai dando ensinamentos ao longo de cada destino, ou acontece-nos qualquer coisa que nos põe alerta para futuras ocasiões ou simplesmente vamos criando rotinas e hábitos de viagem que são imprescindíveis para nós. Este é um apanhado que faço de oito coisas que nunca deixo escapar, seja em que ocasião, e que quero partilhar com vocês. Quem sabe encontram alguma dica boa ou aproveitam esta época - mais típica em viagens - para descobrir coisas novas. Alinham?

1. Pastilhas para o avião
Não sei quanto a vocês, mas eu tive este problema quando levantei voo a 1ª vez: a pressão deu-me cabo dos ouvidos. Comecei a ficar com a sensação de ouvido entupido e depois as típicas dores. Sim, eu fiz o típico truque de fingir que estamos a mastigar e a engolir a seco, mas comigo não resulta. Mascar uma pastilha no momento de descolagem (e aterragem para algumas pessoas) é a chave para um voo tranquilo e sem dramas.

2. Contagem do tempo desde o aeroporto/estação até ao hotel
A não ser que vão de carro, vai chegar uma altura em que têm de apanhar o comboio ou o avião (ou até autocarro) para voltarem a casa. O problema é que muita gente não sabe quanto tempo demora desde a cidade onde está a fazer turismo ao aeroporto/estação, o que acaba em perguntas em postos de turismo, estimativas e chegadas em cima da hora ou muito adiantadas, quando podiam estar tranquilamente a aproveitar os últimos segundos da vossa viagem. Sempre que chego ao aeroporto e apanho o transporte para o centro da cidade eu conto o tempo, quanto demorei e acresço mais 10 minutos à minha contagem, para cobrir imprevistos. Assim sei que demoro 30/40/50 min. a chegar just in time e sem percalços. E com todo o tempo bem aproveitado na viagem. Pode parecer a coisa mais simples do mundo mas a excitação da chegada e de querer ver o destino pode fazer-vos esquecer desse pormenor. Entusiasmados mas atentos, sempre!

3. Saídas de Emergência
É a primeira coisa que faço quando chego ao hotel, pousada, motel, Apart-Hotel, resort, o que quer que seja, mesmo antes até de querer ver como são os quartos e o resto do espaço; Assim que faço check-in procuro o mapa de saída de emergência que, normalmente, está perto do acesso às escadas, nos corredores para os quartos ou em alguns quartos estão disponíveis no interior. As coisas não acontecem aos outros e não somos excepcionais nem milagrosos e um dia vai ou pode acontecer e eu quero estar preparada. Não é quando soar o alarme de incêndio que vou perceber como se sai dali certo? Não é no meio do pânico todo das pessoas e do meu que eu vou tentar compreender como se chegam às escadas e onde estão. Assim que pouso as malas, vejo o mapa e procuro no meu corredor onde estão escadas de incêndio e extintor. Lembrem-se que não estão na vossa casa, estão num edifício que não conhecem e que ninguém vos vai bater à portinha vestido de super-homem para vos levar da janela.

4. Acordar cedo
Eu sou a típica pessoa da ronha, adoro dormir e não acordar cedo quando posso mas se há regra que imponho (com extrema facilidade, adianto) a mim mesma é que, em viagens, não há outro acordar que não cedo. Estamos lá para ver e desfrutar do lugar ou estamos lá para confirmar se a almofada é mesmo boa? Não, em viagens, vamos acordar cedo até porque, normalmente, quando ficamos nos hoteis, pousadas, etc. acabamos por ter quase sempre o pequeno-almoço incluído, que não sai muito dos regulares períodos de serviço das 8h-10:30h, logo, devemos aproveitar o serviço da hotelaria e tomar um bom pequeno-almoço para um dia preenchido. Nas minhas viagens, raramente acordamos depois das 8h. São 7 da manhã e já estamos todos a acordar com calma, a vestir, tomar banho, esperar por alguém um pouco mais atrasado, mas 8-8:30h estamos à mesa para tomar o pequeno-almoço, o melhor que pudermos porque vamos estar activos o dia todo. É muito cedo? Não, amigos. Vocês vão ter de andar, vão ter de encontrar os sítios onde querem ir e ver como querem ir para lá e, acreditem, existe um bando gigante de turistas que acordam ainda mais cedo que vocês e que vão fazer uma coisa maravilhosamente asquerosa chamada "fila". E vocês não querem perder tempo de viagem nas filas. Para mim seria impensável sair do hotel às 10h da manhã - como muitas amigas minhas o fazem e às quais disse "meninas, eu deixava-vos na cama e ia explorar, perderam já uma manhã de turismo!" - por isso acordar cedo, animada, com fome e pronta para explorar. Sem ronhas nem mais 5 minutos.

5. Mapa sempre dobrado na área onde estou
Esta já tinha partilhado com vocês noutro post, mas é uma regra de ouro que volto a referir. Comigo, a única vez que os mapas estão dobrados como deve ser é no momento da entrega do posto de Turismo de um exemplar para mim. De resto, dobro, desdobro, volto a dobrar e a dobrar outra vez. O mapa está sempre com a dobra central na área onde me encontro (e vou actualizando à medida que caminho) e sempre no bolso de trás das calças (não adianta guardar em mochilas e malas, vou acabar por precisar sempre dele). Assim tenho sempre ideia de onde estou a qualquer momento e não perco tempo a "procurar-me" entre ruas.

6. Morada do Hotel
Esta também já tinha referido mas eu guardo sempre a morada do hotel numa carteira que leve todos os dias da viagem. Às vezes as recepções têm os cartões de visita já com a morada no cartão, outros não e, se for o caso, escrevo eu. Assim se me perder, seja em que língua for, vou à polícia e entrego o cartão para me levarem ao local ou chamo um táxi e entrego-lhe o cartão. Jamais ia conseguir decorar a morada e explicar uma morada que sei por alto seria impensável num país estrangeiro.

7. Andar a pé
Seja em que cidade for, eu faço tudo o mais possível a pé e uso qualquer tipo de meio de transporte como último recurso. Deixem os "estou cansada" para os dias terríveis de Faculdade e levantem os rabos para a rua. Deixem-se de manhas e escolham os vossos ténis mais confortáveis e roupas mais simpáticas e façam-se às ruas, às estradas, aos caminhos. Vão ver tanta coisa que não conseguem enfiados num autocarro, metro (então esse, faz-me tanta confusão, atravessam uma cidade inteira debaixo da terra, onde não têm vista absolutamente nenhuma), táxi... Andar o dia todo é cansativo, é certo, mas as viagens são para ser feitas a passo, com paragens imprevistas, cafés para descansar um pouco e beber qualquer coisa fresca e sentir, no final do dia, que fizemos o que podíamos para ter um dia em cheio e cumprido. 

8. As compras são feitas no último dia
A não ser que esteja numa zona da cidade onde sei que não volto durante a viagem, ou numa loja ligada a um museu, instituição ou outra coisa qualquer à qual só tenho acesso voltando a entrar no edifício, eu não faço quaisquer compras até ao meu último dia de viagem. Quanto muito compro os postais para os enviar o mais rapidamente possível mas não compro prendinhas para ninguém (nem para mim) nem visito lojas, nem compro roupa até ao último dia. Por muito que eu queira levar lembranças, as mais importantes são as que guardar na memória (e em algumas fotografias), pelo que quero aproveitar a viagem ao máximo e visitar tudo o que posso. Não quero perder uma tarde em que podia estar a ver um museu a fazer compras e a perder tempo em filas, a experimentar, a regatear, não quero! Reservo o último dia para essas futilidades e perdas de tempo e guardo na memória as lojas giras que vou vendo no caminho e que quero voltar. Corro-as todas sem perder muito tempo e escolho todas as coisas que quero sem dramas. E ainda tenho tempo para umas voltas finais antes de dizer o derradeiro adeus. Têm tempo, aproveitem o destino, podem comprar aquela t-shirt gira depois, ela não vai embora.

22 comentários

  1. A regra de acordar cedo é sagrada na minha família e desde sempre que é assim! Vou tentar utilizá-las na minha próxima viagem ;)

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  2. Fiquei chocada quando cheguei à última e vi que faço todas também. A da saída de emergência altero um pouco (vejo no quarto e não é a primeira coisa que faço apesar de ser logo na primeira noite) mas de resto é tal e qual.
    E quem não leva pastilhas para o avião é mesmo principiante!

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    1. qual é o problema, porque estás a criticar? ha muita gente que nunca andou

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    2. Acho engraçado porque toda a gente me diz exactamente o que tu disseste ("E quem não leva pastilhas para o avião é mesmo principiante!") mas nunca o fiz. É como se todos nós tivéssemos de sofrer no avião, quando isso não é verdade. Nunca tive problemas nenhuns. Nem a descolar, nem a aterrar. E não sou principiante :D

      Faço quase todos, excepto a morada do hotel e a das pastilhas. Normalmente basta saber o nome do hotel que os taxistas chegam lá. O que não significa que não me posso dar mal alguma dia.

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    3. White Raven, para mim é Regra de Ouro as pastilhas porque sofro no avião e outros truques comigo não resultam. Existe muita gente a sofrer dos ouvidos no avião que desconhece a dica das partilhas. Mas cada um com as suas próprias regras de ouro, claro! :)

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    4. @Inês, claro :) Aliás não conheço mais ninguém que não sofra no avião. Mas também não conheço mais ninguém que sofra nos túneis ahaha Sempre que passo num túnel fico com dores de ouvidos, e se usar uma pastilha já não :p Mas resolvi comentar esse ponto (e não foi nenhum crítica nem para ti nem para a Carolina, porque percebi o que ambas queriam dizer) porque muita gente comenta com ar de superioridade que és grande labrego se não levas as pastilhas para o avião. Já me aconteceu num voo, um gajo que ia ao meu lado rir-se porque eu recusei pastilhas. Perguntei-lhe o porquê do riso e achas que ele pensou que eu já sabia para o que ia? Nada disso, achou que eu nunca tinha visto um avião na vida. E não gosto dessa atitude. A primeira vez que andei de avião andava tão preocupada com isso que perdi as pastilhas no aeroporto e fiquei cheia de medo. Mas, felizmente, não aconteceu nada. Mas se não as tivesse perdido, certamente não saberia e teria a mesma regra que tu :) Com isto tudo só quis dizer que muita gente pode ser como eu - não ter problemas de ouvidos no avião - e nem sequer sabe porque toda a gente diz que tens mesmo de usar pastilhas. Não levar pastilhas não é só ser principiante :)

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    5. Preconceitos nas viagens vão haver sempre. Há quem ache impensável, por exemplo, viagens low cost ou bagagens de mão ou o que quer que seja! E os hábitos também são muito nossos e variam de pessoa para pessoa, daí as minhas regras de ouro não terem de ser, necessariamente as tuas e não haver qualquer mal nisso :D As pastilhas são, de facto, uma salvação para quem tem ouvidos entupidos nas subidas de altitude e se passas bem com isso, é perfeito! Ninguém sai a perder :D

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    6. Acho absurdo assumirem imediatamente como uma crítica quando se trata dum hábito que funciona com a maioria das pessoas. Eu não preciso sempre das pastilhas - porque felizmente nem sempre a altitude me incomoda - mas é uma coisa que levo SEMPRE comigo porque há viagens mais dolorosas do que outras e porque, se na maioria das vezes não acho necessário, um dia destes podem fazer falta na mesma, seja para mim ou outra pessoa qualquer. Já fiz viagens com pessoas ao meu lado que, em vez de mastigarem pastilhas (igualmente válido para rebuçados, gomas...), colocavam dois copos de plástico nos ouvidos. Não sei se resulta (nunca experimentei) mas se melhora, incrível. E para quem não tem problemas nenhuns com a altitude, perfeito, melhor ainda. Mas, como disse, mesmo sabendo que não tenho sempre problemas levo-as comigo porque é realmente algo que resulta com toda a gente que tem esse problema e que pode salvar as pessoas do desconforto quando ele existe. É uma questão de prevenção, de solucionar um problema simples antes de ele existir. Até porque todos os voos são distintos.
      E acho que sim, nas primeiras viagens TODA a gente deve levar pastilhas, especialmente porque não sabe como vai reagir. E se nunca andou de avião, ainda mais razão para o fazer tem porque é uma sensação estranha que pode ser facilmente solucionada com uma pastilha ou rebuçado.
      Ser principiante não tem mal nenhum (algumas pessoas não chegam sequer a sê-lo, infelizmente) mas passar pela dor ou desconforto não vale a pena... As viagens são momentos felizes!
      (White Raven, essa dos túneis não conhecia!)

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    7. falei com pessoas a dizerem que pastilhas nao sao necessarias e que isso de principiante nao lhes fazia sentido nenhum

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    8. Então vamos pôr as coisas noutro prisma: a primeira vez que andei de avião levei pastilhas e não precisei para nada. Nunca precisei em viagem alguma. Também posso assumir que levar pastilhas é de principiante?

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    9. Não, é bom sinal, quem me dera! Já eu se não as levo sofro horrores, daí estar nos meus essenciais :)

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  3. Essa da saída de emergência nunca tinha pensado!

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  4. exatamente igual, à exceção da saída de emergência, nunca tinha pensado :)

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  5. Excelentes dicas. Faço a maioria, praticamente todas atrevo-me a dizer.

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  6. Eu faço todas mas aldrabo duas... A morada do hotel: Mas sei o nome, localização e isso tudo. E tá sempre no gps xD Just in case e as pastilhas... levo sempre rebuçados mas raramente preciso ;P
    São muito boas dicas para quem es´ta a começar a viajar ^^

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  7. uau, não estava à espera de fazer todas!
    menos a da saída de emergência, que não vejo assim que chego ao hotel, mas sim um pouco mais tarde.

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  8. Geralmente faço todas essas também :)

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  9. Essa das pastilhas é uma boa dica, pena não saber há 7 anos atrás, quando viajei a primeira e última vez de avião, tinha 11 anos e sofri bastante com a pressão do ar! Mas agora a próxima vez que irei já vou prevenida com estas dicas! :D

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  10. Dicas excelentes, tal como já era expectável! :p Acredita que aprendi muito!
    Beijinho*

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