Comprámos os bilhetes em Janeiro e, desde então, fomos riscando o calendário, com expectativa, até chegarmos ao grande dia. O bilhete foi um certo tiro no escuro, porque não tínhamos lugares marcados e eu confesso que não sou muito fã da acústica do MEO Arena. Mas nem essas dúvidas impediram-nos de dar pulos de entusiasmo e alegria, como se fôssemos crianças.
Acompanhando o primeiro filme que deu início a uma saga tão acarinhada por tantos, Harry Potter e a Pedra Filosofal, esteve a Orquestra Filarmónica das Beiras, com mais de 100 músicos, a interpretar todas as músicas integrantes do filme, ao vivo. E foi um dos melhores concertos que tive o privilégio de assistir.
Quem é amante de música, como eu sou, compreende a importância deste elemento em filmes, especialmente em Harry Potter, cuja instrumentalização ainda acompanha muito a dinâmica do filme. As composições de John Williams - criador da banda sonora - sempre circularam pelos meus ouvidos e nunca passaram despercebidas durante o filme, tivesse eu a idade que tivesse. Estava, portanto, com muitas expectativas em relação à riqueza da instrumentalização, do timing - porque se se atrasassem um tempo, a música e a acção do filme já não iam bater certo - e da própria beleza que a Orquestra podia proporcionar. E não saí desiludida; tudo nos tempos perfeitos, a música envolveu o MEO Arena e trouxe ainda mais beleza para um filme que eu sei de cor e marcou a minha infância.
Um outro detalhe que gostaria muito de salientar, foi o comportamento exemplar da plateia; num pavilhão inundado de pessoas, a Maestrina Sarah Hicks não só dominou com uma brilhante destreza e elegância a Orquestra, como também conquistou um silêncio absoluto do público, que só se insurgia para aplaudir no início, intervalo e fim do filme e nas cenas de comédia. Isto foi muito importante para que toda a experiência fosse mais bonita. Muita gente disse-me que não ia porque achava que não ia ser nada de especial; um grande erro. A fusão do cinema com um corpo tão gigantesco de músicos a tocar obras que conhecemos de cor foi envolvente, poderosa e arrebatadora. Em inúmeros momentos eu esquecia o filme e admirava todos os elementos que, lá em baixo, brilhavam. Eles conseguiram elevar a qualidade do filme e despoletar emoções mais fortes a cada acontecimento; ninguém ficou indiferente à abertura icónica e, por dezenas de vezes, eu e a Raquel segredávamos "Estou tão arrepiada!". E estávamos. O jogo de Quiddich ganhou outra intensidade, embora soubéssemos quem seria a equipa vencedora; o Voldemort rastejante na floresta proibida foi aterrorizante, como há muito tempo não o era; o jogo de Xadrez dos Feiticeiros fez os nossos corações vibrarem com a potência dos instrumentos de percussão. E a cena final, tão apoteótica, fez-me soltar umas lágrimas de emoção (eu admito!).
Eu gosto muito mais de música do que de cinema, não é segredo. Eu adoro ver orquestras, acompanhar bandas sonoras e compositores. Mas Harry Potter faz parte da minha geração, do meu crescimento. Sou fã ferranha. E não queria perder uma oportunidade destas por nada. Foi uma experiência mágica e cheia de beleza, que qualquer grande amante de música instrumental (e fã de Harry Potter) ficaria sem palavras. Harry Potter e a Pedra Filosofal foi o único, de todos os filmes da saga, que nunca tinha assistido no cinema. Hoje eu agradeço que a primeira vez tenha sido assim, desta forma.
Gostava de ter ido :x
ResponderEliminarConfesso que não fui por ter sido o primeiro filme, de que não gosto muito. Mas adoraria ver "O Prisioneiro de Azkaban" assim :)
ResponderEliminarO meu filme preferido da saga é justamente o primeiro. Adoraria ter ido. :)
ResponderEliminarBeijinhos grandes e muitas felicidades!
bloomblogue.blogspot.pt
Ainda pensei em ir mas acabou por não se proporcionar! Mas já imaginava que seria um concerto memorável! Se voltar a haver um concerto destes tenciono ir :)
ResponderEliminarEu só não fui porque já estavam esgotados os bilhetes mais baratos e só esses é que davam para mim este mês. Pedi folga antecipadamente para ontem e tudo e ... nada, infelizmente não consegui ir :(
ResponderEliminarSe eu estivesse em Portugal, teria bilhete para ir. Tenho imensa pena de não ter conseguido :( Deve ter sido brutal!
ResponderEliminarQue maravilha! Arrepiei-me só de ver os vários instastories que me foram aparecendo, e agora ao ler o teu relato...que pena não ter visto e ouvido ao vivo. Deve ter sido uma experiência lindíssima!
ResponderEliminarJiji
Queria tanto ter ido também!
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