#BLOGGERCC || Coisas que odeias no Natal


Purpurinas, purpurinas everywhere: Eu adoro purpurinas e lantejoulas. No Natal, em especial. Dão o toque que por vezes falta na decoração, nos enfeites, dão o boost que faltava a determinados detalhes. Mas há algo que eu detesto nas purpurinas (e que me faz preferir mil vezes as lantejoulas): elas ficam em todo o lado, menos no objecto que as devia ter. Eu agarro em algo com purpurinas e parece que andei a fazer carícias na Sininho. Fico cheia de purpurinas nas mãos, que depois vão para a cara, para a roupa, para os móveis e de lá não saem. Ficam infinitamente agarradas às mãos e às coisas e eu detesto isso, irrita-me profundamente. Quando vou ver decorações de Natal nas lojas, raramente toco em coisas com purpurina. Já sei que vou dar em louca ao ver brilhantes nas mãos. Não podem ficar na bola de Natal sossegadas?

Somos impelidos ao culto do consumismo: Já todos sabemos que nesta época somos empurrados para o consumismo quase inconsciente, e por vezes sinto-me irritada com o quanto as lojas exploram isso ao nível máximo. Abusam na mensagem e a prova disso é a decoração de Natal começar logo em Novembro. Desesperadamente querem que compres, consumas, gastes dinheiro em algo. Não és ninguém se não ofereceres algo interessante no Natal e isso exaspera-me.

Temos de aturar os chatos com a mensagem do consumismo: Não basta as lojas descaradamente mostrarem mensagens de consumismo, ainda temos de aturar aquele amigo, colega, familiar, blogger que começa com as mensagens e as teorias do consumismo, como se ninguém fizesse ideia de que isso existe. E o pior é que quanto mais espírito de Natal tiveres (independentemente de qualquer tipo de consumismo) mais o chatinho te vai picar os miolos acerca de o Natal ser uma estratégia comercial. Já todos sabemos! Está-se toda a gente a borrifar se o Pai Natal é uma invenção dos Americanos e da Coca-Cola para dominar o mundo com os teus trocos no mealheiro. Não somos parvos. Deixem a resmunguice por uns momentos e lembrem-se que o Natal tem mais coisas que presentinhos.

Eu nunca faço ideia do que oferecer no Natal: Isto aplica-se a qualquer desafio que inclua dar prendas e eu odeio esse detalhe em mim. Eu digo isto a toda a hora: a melhor parte das prendas oferecidas por mim são os talões de troca. Eu falho redondamente, eu não consigo encontrar o detalhe que faltava para a surpresa, eu acho sempre que as pessoas têm tudo e que o que quer que eu ofereça será obsoleto. Eu sei os gostos das pessoas como ninguém e conheço os seus sonhos. Eu dou os meus presentes com todo o coração do mundo. Mas nunca tenho confiança de que vão ser os presentes mais desejados do mundo.

É uma época demasiado estereotipada: Irrita-me que o Natal tenha de ter esta óptica, esta linha igualíssima para todos e que, se não é assim, então não é Natal ou não vives o Natal da mesma forma, ou não tens um Natal tão bom. Para o Natal tens de ter uma família gigante, tens de ter, pelo menos, um saco de marca de alta costura debaixo da árvore, tens de adoraaaaaaaaar fazer a árvore e comprar milhões de presentes. Tens de gostar de renas, de Sozinho em Casa e de Bolo Rei. E se não estás enquadrada nesta ideia, o teu Natal é horribilíssimo. Não podia ser uma ideia mais estúpida. Nenhum Natal tem definição ou mais qualidade. Cada um é livre de ter a família do tamanho que quiser e de gostar de estar com os familiares que quiser, é livre de oferecer as prendas que quiser (sejam elas grandes ou mais humildes), é livre de preferir ver a árvore do que fazer a árvore, é livre de odiar Sozinho em casa e é livre de não ter um tostão para oferecer presentes. Não deixa de ser Natal nem faz com que tenhas um espírito de Natal maior ou menor nem tens mais valor por isso. O Natal é aquilo que nos faz sentir quentes por dentro e se isso significa uma mesa gigante de família e farta de comida, cheia de presentes, perfeito. Se significa três ou quatro familiares, uma árvore mais pequena que tu e um par de peúgas, perfeito. É Natal. Não é um concurso. 

3 comentários

  1. Não me podia identificar mais com o terrível facto de nunca conseguir dar a prenda perfeita. Imagino-a sempre incrível mas nunca a consigo executar. Odeio odeio essa parte de mim!

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  2. Também detesto dar prendas no Natal... Quando são prendas de aniversário sei exactamente o que oferecer, mas no Natal sou invadida por um vazio que me impossibilita de ter ideias fantásticas para presentes. Tudo o que vejo; tudo o que penso oferecer soa-me a pouco :\

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