Não há como enganar que Novembro é o mês que menos gosto do ano inteiro. Eu nunca gostei do mês pelas razões mais justificadas... Todas as perdas familiares mais marcantes aconteceram neste mês, é o típico mês cheio de momentos de trabalho e avaliação, as piores notícias e momentos que tive de enfrentar foram em Novembro. Se Outubro é o meu favorito em Novembro entro com um pé atrás.
E não podia ter ficado mais surpreendida com a reviravolta que este mês em 2015 deu. Eu tive um mês efectivamente bom! Em Novembro provei finalmente os croissants do Choupana e consegui andar pelas ruas de Lisboa de calções e sem precisar de casaco. Os Coldplay presentearam-nos com duas músicas promissoras do novo álbum. Recebi presentes de aniversário atrasados e fiz avaliações de testes com confiança, coisa que nunca me tinha acontecido na minha licenciatura, e isso verificou-se em nota estrondosamente positivas.
Em Novembro meti a sexta no meu projecto de investigação e comecei a preparar os pormenores práticos. Enfrentei a primeira batalha com Epidemiologia. Tive momentos extraordinários de Sol onde pude visitar um Jardim em Sintra reaberto e recuperado ao lado do meu companheiro predilecto que me deu um empurrão de coragem para arriscar no meu sonho.
Em Novembro reencontrei-me com os amigos que não pude ver nos meus anos e combinei os cafés que ficavam sempre para "um dia destes". Recebi ovos moles muito especiais directamente de Aveiro porque a Raquel sabe que mais que um sabor tradicional, é um doce que sempre me soube a família e casa e fez questão de me presentear. Em Novembro eu dei confiança às minhas amigas para não terem medo dos novos desafios e garanti-lhes que cá estaria sempre para as amparar nas quedas e para festejar nas vitórias.
Almocei numa esplanada com o tempo abafado e o Sol a fazer rugas (das boas) na testa. Em Novembro eu tive tempo para os meus amigos e para mim, para marcar coisas, para estudar, para entrar no espírito natalício mesmo com os discursos resmungões do Diogo (a.k.a. Grinch) de que ainda era cedo para o Natal. Fui ao cinema e enfardei-me em pipocas até não ter vontade de jantar e tive jantares especialíssimos de celebração do amor, no final de um dia estafante cheio de trabalhos. Dividi pratos de massa com a minha pessoa favorita e recebi abraços cheios de piruetas no meio da rua, quais loucos apaixonados. Em Novembro eu tive tempo para o João e para o levar à escola e ver a sua caderneta de cromos ficar completa e conversar com ele sem precisar de o limitar com tempo e espaços com os estudos e os "afazeres de adultos". Fui passear com a mãe para Lisboa e pensei em presentes de Natal. Abracei um projecto natalício querido, o #Bloggercc. Festejei um aniversário querido e recebi mais uns 10 empurrões do Diogo a dizer "anda lá, manda o e-mail, não tens nada a perder". Em Novembro eu enviei pela primeira vez na vida uma proposta de estágio e tive, pela primeira vez, o agendamento de uma entrevista. Em Novembro eu fiz uma enorme figura de ursa a andar às voltas na esplanada da Faculdade, de coração aos pulos, a receber as notícias da empresa onde queria estagiar e em Novembro eu recebi a confirmação. Dei imensos pulos de alegria e deixei soltar algumas lágrimas. Recebi o abraço mais célebre do Diogo e vi os seus olhos transbordarem de orgulho quando me disse "Eu sabia que conseguias. Parabéns". Em Novembro celebrei uma enormíssima etapa, não só académica mas de vida ao lado de uma pessoa que se desdobra em 15 mil por mim. Em Novembro, inacreditável, eu fui muito, muito feliz e vitoriosa nas minhas batalhas.
Se, no ano passado, me dissessem nesta altura tudo o que ia viver, eu iria rir, sem qualquer credibilidade. E esta é a enormíssima prova de que não podemos perder a esperança nem deixar de acreditar que o tempo, a seu tempo, dá-nos a mão e as coisas fazem sentido. Novembro de 2015 fez-me acreditar que nem o nosso mês menos favorito nem as memórias péssimas dele devem alicerçar falta de esperança, de vontade e e motivação para irmos mais longe. Irmos mais longe por nós e irmos mais longe com as pessoas certas. A seu tempo, com calma, perseverança, paz interior, uma pitada de auto-estima, alegria às oito da manhã e muito amor, os meses trazem aquilo porque tanto lutámos para merecer. E deixam-se terminar com a brisa de Inverno a corar as nossas bochechas, a esfriar o nariz, a aquecer os nossos corações, a equilibrar as nossas emoções, a dar força à nossa alma e a ir dormir com um sorriso parvinho nos lábios e de coração cheio com a sensação de que está tudo certo.
Novembro cheio e em cheio! Parabéns pelo estágio Inês!
ResponderEliminarAdorei saber que o teu mês de Novembro conseguiu ser assim tão positivo!
ResponderEliminarEste post está tão genuíno e com tanto (ou todo) do teu coração! Até me senti motivada e feliz por ter sido um mês feliz para ti ao lê-lo :)
ResponderEliminarE que bom que assim foi e conseguiste abraçá-lo de mente aberta, sem perder a esperança :) Continua a fazer magia com as palavras, por favor!
Fico genuinamente feliz por saber que o mês de Novembro foi tão bom para ti :) Parabéns, Inês! Não é sorte, é trabalho e empenho, dedicação e mérito!
ResponderEliminarSó uma coisa: para onde foram os favoritos "tradicionais"? Eu adorava a mistura entre produtos, roupas, músicas, filmes e momentos e desta vez isso perdeu-se no meio das vitórias todas! Alteraste por completo a rubrica ou foi só este mês? :)
A maior parte das aquisições foram para o Natal, por isso aproveitei para mostrar essa parte em alguns dos desafios do Blogger CC e outras coisas que tenho pensadas. Enquadrava-se melhor. Em Dezembro regulariza-se outra vez ;)
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