BOM GARFO || Choupana Caffe

 LISBOA

Não vamos falar da quantidade indecente de tempo que eu demorei desde que descobri este cantinho a, efectivamente, conhecê-lo. Como diz a Adele, a vida acontece e a minha aconteceu durante demasiado tempo. Vamos antes falar do quão escuro o céu estava, dos chuviscos nos céus e do facto de eu ainda poder usar calções sem problema em Novembro (thanks Portugal).

Finalmente conheci um dos cafés mais badalados do Saldanha. Fácil de encontrar, perto do metro, com a companhia ideal para não dar pelas horas passar.

Eu diria que o Choupana até tem um espaço bastante considerável para receber pessoas e, apesar de ter sempre ouvido nas críticas o inúmero tempo de espera, lugares não faltavam quando passámos a porta e no mesmo segundo escolhemos o sofá da sala.

Se há palavras para descrever todo o ambiente do Choupana Caffe, a minha de eleição será pormenores (que eu adoro, já sabem). Tudo é bem pensado e conjuga-se em harmonia com a própria filosofia descontraída e bonita do café, desde os letreiros cheios de mensagens ao longo da parede, aos manuscritos em ardósia que dão sempre um toque rústico à decoração tipicamente modernista, como já tem vindo a ser tendência nos espaços de restauração.

Eu pedi um croissant com chocolate e um chá preto e a Vanessa pediu um croissant com fiambre e manteiga e com expresso com chocolate. Se o Choupana tem imensa procura, então tem-na justificadamente. Além das doses astronómicas (as chávenas são grandes e os croissants também, venham com fome!) os sabores brilham. Tanto eu como a Vanessa provámos os dois croissants e adorámos. A massa é folhada mas não é oleosa, os croissants doces têm sempre um toque final de açúcar em pó por cima, o chocolate era de avelã, desconfio que fosse nutella (quase total certeza). Já o croissant de fiambre com manteiga tinha o salgado do fiambre que contrastava muito bem com o adocicado da própria massa. O expresso não provei mas a marca do chá que me serviram era muito agradável. Fica por provar os famosos iogurtes com acompanhamentos. O pagamento ronda os quatro euros que, pela quantidade e qualidade parece-me justificável.

Este é um espaço para se estar. Não é o típico café que vamos comer um lanchinho rápido e voltamos à rotina. É um espaço para desacelerar, para trazer pessoas de que gostamos e comermos coisas que nos deixam com um sorrisinho no canto da boca. Para conversar, para estudar com a música ligeira de fundo e a luz fantástica que se enquadra com as enormes janelas exteriores. É para sentir o tempo parar. Mais um ponto em Lisboa que não podem deixar de visitar e babar. Choupana, tens (mais) uma fã!

PS: Há lá um empregado que é igual ao Guy Berryman (baixista dos Coldplay). Por muito pouco eu não lhe pedi um Square One quando ele me perguntou o que ia desejar.

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