É o clássico dos clássicos de Sintra e, ainda assim, nunca lá tinha ido. E o Palácio teve Pena de mim porque sabia lá eu o que estava a perder.
A Quinta da Regaleira é um parque de diversões para aventureiros. Fim. É a melhor descrição que posso dar para uns dos passeios mais giros que já fiz. O verde que predomina em todos os cantos, os caminhos, o cheiro característico das plantas, o azul do céu - foi uma sorte ver a Quinta com um tempo e um Sol fabulosos - e o som sempre de um riacho por perto tornavam o sítio o mais conto de fadas possível. A cada passo que dava, novos caminhos apareciam, grutas para explorar com lagos, torres com vistas incríveis e escadinhas tão íngremes e apertadinhas que pensava que a qualquer momento o pé ia falhar e lá ia a Inês pela torre abaixo rumo ao galheiro mais próximo.
A maior parte das grutas era tão escura que ou ligava o telemóvel para poder ver onde andava, ou tinha de esticar as mãos e rezar para não bater com a testa. Isto até ver umas "luzes ao fundo do túnel" e lá encontrávamos mais algum sítio novo para explorar e novos caminhos.
Pontes de pedra, o caminho tão famoso de rochas que atravessamos em frente à cascata, os túneis que parecem saídos de um filme de um templo do Indiana Jones e para onde, se olhamos para cima, vemos verde e azul. Para mim fez-me lembrar o formigueiro de Uma Vida de Insecto, com aquela árvore enorme.
Tudo parecia saído de um filme de princesas onde as varandas eram adornadas e elegantes e tudo tinha um propósito para existir, tornando o sítio ainda mais único. Nunca vi um lugar assim. Senti-me um autêntico explorador do National Geographic a investigar uma selva qualquer perdida no mundo (de mocassins e malunfa, porque não estava à espera de ir visitar a Quinta).
Até a capela tem caminhos ocultos mas o que fez os meus olhos brilhar mais do que tudo foi a sala no Palacete que tinha as paredes repletas de livros. No chão havia uma pequena moldura em espelho que dava profundidade às paredes, parecendo que estávamos a flutuar numa sala cheia de livros. Senti-me como a Bela quando o Monstro lhe mostra a biblioteca dele e quis ficar ali para sempre.
O bilhete é 4 euros estudante e 8 euros normal e vale cada cêntimo até ao mais ínfimo detalhe. Eu estava lá tão cedo que foi incrível ver aquilo quase vazio, aproveitar bem o espaço sem gente, sem encontrões, sem esperas, sem "oh, eles vão tirar uma foto, não passes já" e aconselho-vos o mesmo. Aconselho-vos também a saberem que lá vão para não irem impreparados como eu, levem ténis e roupa confortável (mochila às costas). E saboreiem a vista. Recomendo de coração que visitem. Com amigos, com alguém local (que dá um jeitaço para te explicarem coisas giras sobre os sítios que estás a ver) ou com o namorado para romantizar todo o espaço que romântico já é... Mas visitem! Palavra de Inês!
Em Sintra sinto-me em casa. É um lugar raro e há tanta gente neste país sem o conhecer como deve ser. :)
ResponderEliminarDeve ter sido super giro. Nunca lá fui, mas com toda esta descrição estou com imensa curiosidade em ir.
ResponderEliminarFui lá uma vez e adorei! :D *
ResponderEliminarFui lá no meu secundário... Já há mais de 6 anos! E tive azar: CHUVA, MUITA CHUVA!
ResponderEliminarGostava de ir lá com solinho :) Vamos ver se se proporciona :)
Também já lá estive! É "fabulástico" :)
ResponderEliminarRecordo-me que quando era miuda fui com a minha família mas já passaram cerca de quinze anos x)
ResponderEliminarTenho de lá voltar!
Ao ler as tuas palavras viajei para lá, o maravilhoso das tuas descrições nunca falha :D
Eu nunca fui la (:
ResponderEliminarFui lá quando era pequenina e quero muito regressar com tempo e máquina fotográfica. Acho que vale mesmo a pena e cada vez mais, quando vejo uma imagem, cresce o desejo de pisar os caminhos da Quinta da Regaleira...
ResponderEliminarJá visitei a Quinta da Regaleira umas três ou quatro vezes e sempre que lá vou descubro coisas novas pelas quais me apaixono! Não só na Quinta como também na vila de Sintra em si. É um local maravilhoso :)
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