PRONTO A VESTIR || Como Tenho Explorado a Minha Beleza


Um dos meus objetivos para 2020 é explorar a minha beleza, um ponto que, para minha surpresa, despertou o vosso interesse. Há quem esteja a passar pelo mesmo processo, há quem não saiba por onde começar, há quem já o tenha bem consolidado. Mas foram surgindo questões e achei interessante partilhar algumas das coisas que tenho aplicado em mim própria para desenvolver este objetivo. A verdade é que sinto que já me conheço melhor, que o meu armário está mais coeso, que gosto mais da forma como me visto e sinto-me mais confiante, portanto, sinto que o processo está a correr bem!

Definir o meu estilo 
É um mito acharmos que não temos ou seguimos um estilo. Com mais ou menos entusiasmo pela moda, todos orbitamos entre 2 a 3 estilos dos 7 universais: Casual, Clássico, Contemporâneo, Romântico, Sexy, Dramático-Urbano e Criativo. A classificação destes estilos não tem um objetivo redutor e sim ajudar a conceptualizar a forma como vocês se expressam no quotidiano. No meu caso, os estilos com que mais me identifico são o Casual e Clássico, cruzando, ocasionalmente, com o Contemporâneo. Este passo foi importante para conseguir catalogar o meu estilo e compreender como é que me expresso através do vestuário — já que cada estilo transmite uma mensagem diferente —, selecionando a minha roupa de acordo com estes conceitos. Ajudou-me a ter um armário mais coeso e com mais identidade própria. 

Sair da zona de conforto 
Todos temos na memória uma ‘imagem de marca’ de como achamos que somos — desde a forma de vestir, corte de cabelo, maquilhagem ou cara lavada... o que visualizamos, é como nos enxergamos! Mas é importante conhecer outras facetas de nós próprios porque (quem sabe?) elas podem ter mais a ver connosco do que a atual. Foi por isso que decidi cortar o cabelo tão curto e aprender a fazer eyeliner, por exemplo. São duas coisas que achava que não tinham nada a ver comigo, mas a verdade é que adorei ver-me de cabelo curto e aprendi a fazer um eyeliner que favorece os meus olhos. Aprendi mais sobre mim e sobre as minhas capacidades do que se tivesse ficado sossegada dentro do conforto da minha auto-perceção. 

Limpeza no armário 
Tirar tudo e fazer uma reflexão a fundo daquilo que uso, não uso, daquilo que conversa comigo ou não. E desfazer-me de tudo o que não grita ‘Inês’. Às vezes, dá uma saudade ou uma necessidade do nosso cérebro de armazenar para uma ocasião que nunca vai chegar. Mas a verdade é que está só a ocupar um espaço que podia ser preenchido com roupa e acessórios com que realmente te identificas. 

Que imagem queres passar? 
É irrealista pensar que não transmitimos uma imagem ou mensagem através da nossa aparência. Afinal de contas, é uma extensão da nossa forma de expressão. E podemos cair no erro de dar respostas demasiado simples a esta questão. Que tipo de mulher quero transmitir através da minha aparência? Criativa? Ponderada? Sofisticada? Ousada? Poderosa? Prática e objetiva? Imponente? Reservada? Confiante? Divertida? Delicada? Gentil? Inacessível? Forte? Livre? Espontânea? Corajosa? Quando penso em adquirir uma peça nova, devolvo a pergunta à peça: este vestido ou camisa fazem-me sentir aquilo que eu quero transmitir? Se não fizer, ou se me despertar ideias muito distantes do que costumo expressar, descarto. 

Aprender mais com o que tenho 
Mais do que ver a roupa que gostava de ter através do Pinterest, gosto de pesquisar por roupa que já tenho e descobrir novas formas de a combinar. Por vezes, entramos num loop em que achamos que determinada peça só combina com um leque de coisas no armário e perdemos a veia criativa. Estas pesquisas são perfeitas para abrir a mente e explorar novas formas de usar a roupa que já temos. Guardo as minhas inspirações preferidas para as recriar mais tarde e não sou muito rigorosa (o modelo de calça na fotografia pode não ser igual ao meu, mas se a lavagem da ganga é semelhante e eu tenho uma t-shirt parecida, já serve!). Só guardo as inspirações que combinam com a minha identidade. 

Conhecer o meu corpo 
Qual é o meu biótipo? O formato dos meus olhos? O subtom da minha pele? O formato do meu rosto? Há 25 anos que me olho ao espelho mas nunca tinha feito uma análise real ao meu físico. Caímos muito no erro de observar quem já (bem) se conhece e sabe valorizar o seu físico e extrapolar os seus métodos para nós, quando nem sequer temos o mesmo corpo, tipo de cabelo ou formato de olhar. É importante conhecermo-nos (sem julgamentos, paranoias ou complexos) para entendermos o que é que funciona no nosso corpo, o que é que resulta e nos valoriza, o que é que ajuda a destacar o melhor da nossa identidade. Descobrir o que funciona para nós e não imitar o que funciona nos outros.

Como é que têm explorado a vossa beleza?

3 comentários

  1. Olá, Inês!

    Também estou a (tentar) entrar nessa fase, mas confesso que está a ser um pouco complicado. Há peças e tendências que adoro mas que nem sempre me favorecem - o que é totalmente normal - e tenho alguma dificuldade em admiti-lo.

    Estou a tentar organizar as ideias na minha cabeça para tentar usar apenas o que gosto mesmo e o que me favorece de alguma forma, para ver se, ao mesmo tempo, quebro algumas das minhas inseguranças com o meu formato de corpo/estilo.

    Um beijinho,

    Inês
    meet-me-in-my-twenties.blogspot.com

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  2. Estou a gostar muito de ver a forma como estás a concretizar esta tua resolução de 2020, está inclusive a inspirar-me para também sair mais da zona de conforto. Boas dicas :).
    Beijinhos
    Blog: Life of Cherry

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  3. Que bom, Inês. Não há nada como sentirmo-nos bonitos e completos com o que vestimos.
    Confesso que não sei definir muito bem o meu estilo, mas o importante é aprendermos a sentir-nos bem e a conhecermos o nosso corpo da forma que nos fizer mais sentido.
    Beijinhos

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